Nos albores
da regeneração humana
Arnaldo
S. Thiago
Reformador (FEB) Janeiro 1972
Um dos livros da magnífica série
"Chico Xavier", intitulado
"A Caminho da Luz", ditado
por Emmanuel, em 1938, e nesse mesmo ano dado à publicidade, o autor, em
seguida a um notável escorço doutrinário de História Universal, tira as suas
acertadas conclusões, nos termos que vamos transcrever:
"A realidade é que a civilização ocidental não chegou a se cristianizar."
E continua, depois de demonstrar com fatos essa descristianização: "Mas é chegado o tempo de um reajustamento de
todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época
dos últimos "ais" do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do
homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a humanidade. O Espiritismo, na
sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua história; só
ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se
apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio,
apontando ao homem os seus
verdadeiros caminhos."
Após observações tão elucidativas,
passa Emmanuel a falar profeticamente:
"O século que passa efetuará a
divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o
sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os
homens não aceitaram por amor. Uma tempestade de amarguras varrerá toda a
Terra. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando
essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas
consciências enegrecidas."
Os horrores da guerra iniciada em
1939, um ano após a publicação das profecias de Emmanuel,
justificaram plenamente as previsões desse Espírito Superior - e tal
justificação deve assegurar-nos a validade das suas previsões, logo em seguida
assim pronunciadas:
"Vive-se agora, na Terra, um
crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do
desfecho desses acontecimentos espantosos. Todavia, os operários humildes do
Cristo ouçamos a sua voz no âmago de nossa alma: "Bem aventurados os
pobres, porque o reino de Deus lhes pertence! Bem-aventurados os que têm fome
de justiça, porque serão saciados! Bem -aventurados os aflitos, porque chegará
o dia da consolação! Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus!"
“Sim,
porque depois da treva surgirá uma nova aurora", esclarece Emmanuel,
exortando-nos a que, em seguida: "trabalhemos
por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no
deserto das consciências. Todos somos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever
é responder aos apelos do Escolhido".
E, concluindo: "Quando lá fora se prepara o mundo para as
lutas mais dolorosas e rudes (como foram as da
guerra de 1939/1945), devemos agradecer a
Jesus a felicidade de nos conservarmos
em paz em nossa oficina, sob a égide do seu divino amor." (O
parêntese é meu.)
Se o Espiritismo veio para
cristianizar esta civilização, que dispõe realmente de tantos instrumentos de
progresso e de divulgação, deve o materialismo perder o seu predomínio sobre as
Ciências, voltando-se estas para o Criador do Universo, por elas completamente
esquecido em suas investigações. É por esse superior motivo que temos especulado,
ultimamente, sobre o aparecimento dos primeiros seres vivos na face da Terra.
Mais uma vez, porém, repetimos: não pretendemos penetrar nos segredos da origem
da vida, como o fazem os sábios materialistas, porquanto essa origem esconde
mistério impenetrável, só conhecido por Deus.
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