O 3º
Mandamento
Rodolfo
Calligaris
Reformador (FEB) Abril 1973
Prescreve: "NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM
VÃO."
Duvidamos haja qualquer pessoa, por
mais modesta, que não preze o seu nome. Isto
porque nada está mais intimamente relacionado conosco que o nome que nos personaliza
e identifica. Ele faz parte de nós.
Daí o desprazer que experimentamos
sempre que outrem não o pronuncie corretamente, e o profundo dissabor que nos
causa vermo-lo escarnecido, vilipendiado ou
envolvido em algo menos digno.
Tais considerações nos ajudam a
compreender quanto maiores devem ser o respeito e a veneração devidos ao
santíssimo nome de Deus.
Torna-se defeso, pois, usá-lo em
expressões frívolas, superficiais, ou meramente formalistas: "por
Deus", "palavra de Deus", rebaixando-o ao nível das palavras
ordinárias de nosso vocabulário.
Menos ainda se deve empregá-lo em
imprecações de impaciência, de irritação,
de
cólera, de rancor ou em ameaças de vinganças, pois tal uso, abusivo e
inconveniente, implica desrespeito grave à sua sacralidade.
Não menos censurável é a sua citação
em anedotas irreverentes ou em conversações levianas e mentirosas, eis que
constituem pesadas ofensas à honra que lhe é devida.
Condenáveis, ainda, são as
blasfêmias, consideradas como tais não apenas expressões violentas e
injuriosas, quais: "Maldito seja Deus!", "Deus cão!", como
igualmente as que neguem Sua existência e eternidade: "Deus é uma invenção
dos homens", "Deus está morto", ou infirmem Suas perfeições:
"Deus é injusto", "Deus
é
um tirano", etc.
Os juramentos representam outro mau
uso do nome de Deus, que devemos esforçar-nos
por abolir de nossos hábitos, mormente quando se trate de invocá-Lo por
testemunha de banalidades ou para confirmar detrações do próximo.
Só se tornam escusáveis aqueles
juramentos que nos sejam exigidos pelas autoridades
do país em que vivemos, em ocasiões soleníssimas, quando façam parte de
costumes estabelecidos e desde que, em o fazendo, estejamos plenamente
convictos da veracidade daquilo sobre que juramos.
Agora, uma advertência: policiemos
nossa linguagem, evitemos injuriar, menosprezar ou zombar do augusto nome de
Deus, "porque o Senhor não terá por inocente aquele que assim o
fizer" (Êxodo, 20:7).
*
Até aqui, demos ao terceiro
mandamento a interpretação comum, no sentido proibitivo.
Pode-se, entretanto, torná-lo também
como uma promessa: a de que nenhuma invocação
do nome de Deus será vã, inútil, pois terá, sempre, a melhor resposta, ou seja,
atendimento de acordo com as reais necessidades de quem o invoque.
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