quinta-feira, 23 de abril de 2015

Nos Albores da regeneração humana


Nos albores
da regeneração humana

Arnaldo S. Thiago
Reformador (FEB) Janeiro 1972

            Um dos livros da magnífica série "Chico Xavier", intitulado "A Caminho da Luz", ditado por Emmanuel, em 1938, e nesse mesmo ano dado à publicidade, o autor, em seguida a um notável escorço doutrinário de História Universal, tira as suas acertadas conclusões, nos termos que vamos transcrever:

            "A realidade é que a civilização ocidental não chegou a se cristianizar." E continua, depois de demonstrar com fatos essa descristianização: "Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos "ais" do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a humanidade. O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua história; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos."

            Após observações tão elucidativas, passa Emmanuel a falar profeticamente: "O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor. Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas."

            Os horrores da guerra iniciada em 1939, um ano após a publicação das profecias de Emmanuel, justificaram plenamente as previsões desse Espírito Superior - e tal justificação deve assegurar-nos a validade das suas previsões, logo em seguida assim pronunciadas:

            "Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos. Todavia, os operários humildes do Cristo ouçamos a sua voz no âmago de nossa alma: "Bem aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence! Bem-aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados! Bem -aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus!"  

            “Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora", esclarece Emmanuel, exortando-nos a que, em seguida: "trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências. Todos somos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido".

            E, concluindo: "Quando lá fora se prepara o mundo para as lutas mais dolorosas e rudes (como foram as da guerra de 1939/1945), devemos agradecer a Jesus a felicidade de nos conservarmos em paz em nossa oficina, sob a égide do seu divino amor." (O parêntese é meu.)


            Se o Espiritismo veio para cristianizar esta civilização, que dispõe realmente de tantos instrumentos de progresso e de divulgação, deve o materialismo perder o seu predomínio sobre as Ciências, voltando-se estas para o Criador do Universo, por elas completamente esquecido em suas investigações. É por esse superior motivo que temos especulado, ultimamente, sobre o aparecimento dos primeiros seres vivos na face da Terra. Mais uma vez, porém, repetimos: não pretendemos penetrar nos segredos da origem da vida, como o fazem os sábios materialistas, porquanto essa origem esconde mistério impenetrável, só conhecido por Deus. 

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