Remuneração
Espiritual
Emmanuel
por Chico
Xavier
Reformador (FEB) Março 1973
"O
lavrador que trabalha
deve ser o primeiro a gozar dos frutos".
(Paulo - II Timóteo, 2:6).
Além do salário amoedado, o trabalho
se faz invariavelmente seguido de remuneração espiritual, da qual salientamos
alguns dos Itens mais significativos:
- acende a luz da experiência;
- ensina-nos a conhecer as
dificuldades
e problemas do próximo,
induzindo-nos, por isso mesmo, a respeitá-lo;
provê a auto educação;
desenvolve criatividade e noção de
valor do tempo;
imuniza contra os perigos da
aventura e do tédio;
estabelece apreço em nossa área de
ação;
dilata o entendimento;
amplia-nos o campo das relações
afetivas;
atrai simpatia e colaboração;
extingue, a pouco e pouco, as
tendências inferiores que ainda estejamos trazendo de existências passadas.
Quando o trabalho, porém, se
transforma em prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez
que a Justiça Divina nos procura no endereço
exato, para a execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo
as leis de causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a
Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado. E
quando ocorre, em momento oportuno, o nosso contato indispensável com os
mecanismos da justiça terrena, eis que a influência de todos aqueles a quem,
porventura, tenhamos prestado algum benefício aparece em nosso auxílio, já que
semelhantes companheiros se convertem espontaneamente em advogados naturais de
nossa causa, amenizando as penalidades em que estejamos incursos ou
suprimindo-as, de todo, se já tivermos resgatado em amor aquilo que devíamos em
provação ou sofrimento, para a retificação e tranquilidade em nós mesmos.
Reflitamos nisso e concluamos que
trabalhar e servir, em qualquer parte, ser-nos-ão sempre
apoio constante e promoção à Vida Melhor.
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