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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Página do Natal



Página
do Natal



"Luz para alumiar as nações". - LUCAS, 2-32.

            Há claridade nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens.
            Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.
            Reflexos radiosos surgem do lança-chamas.             
            Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo.

*

            No Evangelho, porém, é diferente.

*

            Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a luz para alumiar as nações.
            Não chegou impondo normas ao pensamento religioso.
            Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.
            Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.
            Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida.

*

            Fez luz no espírito eterno.

*

            Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais.
            Trouxe claridade para todos, projetando-a de Si mesmo.
            Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito.

*

            Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.
            Tens suficiente luz para a marcha?
            Que espécie de claridade acendes no caminho?
            Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.
            Se procuras o Mestre Divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...            

*

            Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?


Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Dezembro 1947




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