Seremos
agêneres!
por Ismael Gomes Braga Reformador (FEB) Março 1961
Neste segundo trabalho sugere tomar-se
o ectoplasma como ponto de partida para o estudo, por processos químicos, de
substâncias que parecem ligar o mundo material com o espiritual.
Supõe a existência de ectoplasma nos
animais (inclusive o homem), nas plantas e nos minerais e propõe respectivamente
os termos ectozooplasina, ectofitoplasma, ectomineroplasma, para expressar os três tipos dessa substância,
como no livro anterior.
As materializações de Espíritos
provam exuberantemente a existência dessa substância e sua maravilhosa maleabilidade;
logo, é fatal que o homem venha a conhece-la quimicamente e aprender a
servir-se dela como já tem feito com tantas outras coisas e forças da Natureza.
O Autor imagina que viremos a dominá-la como dominamos a eletricidade, o
magnetismo, o átomo, e com ela possamos fabricar tudo de que necessitamos.
Citemos suas próprias palavras:
“Quando, antigamente,
o raio rasgava os ares e feria a copa das árvores, flamejava no topo dos
mastros das caravelas, ou fundia a areia, penetrando no solo, as mentes pueris
diziam que era o dardo de Júpiter, o fogo de Santelmo, ou o machadinho que caía
do céu. Quantos não caçoaram de Benjamim Franklin (*) ou não lhe invectavam (insultavam) a audácia de querer
captar, com o seu papagaio, um raio diretamente das nuvens?
(*)
Benjamim Franklin viveu de 1706 a 1790. Morreu há menos de 200 anos, e quantas transformações
já se processaram no mundo desde então!
“Que não diriam os homens daquele tempo se lhes fosse afirmado que a mesma eletricidade que produz o fulgor do relâmpago iria, mais tarde, acionar todas as maiorias indústrias do mundo.
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“E
quem ousará, depois disso, as imensas possibilidades de uma futura técnica
ectoplasmática?” (Páginas 64-65.)
Aprenderemos então a técnica de materializar nosso
próprio corpo, quando precisarmos dele, e de desmaterializa-lo quando não
tivermos que agir sobre a matéria. Seremos
agêneres, imitando Aquele que nos foi dado por modelo!
É um livro de vulgarização
científica, em linguagem fácil, e traça diretrizes para as futuras pesquisas,
no sentido de demonstrar-se a existência e a sobrevivência do Espírito por
experiências indiscutíveis, de modo a tornar esse conhecimento tão insofismável
como as ciências naturais, de modo que toda a Humanidade tenha que aceitar a
verdade, como hoje ninguém ousaria negar a aviação, o rádio, a televisão, os
“sputniks”, a bomba atômica.
Diz a página 91:
“Descobriremos,
enfim, o mecanismo da produção dessa extraordinária substância, a qual parece
ser a mais importante manifestação da matéria, cujos estados, até agora
conhecidos, são: o sólido, o líquido, o gasoso e o radiante. O ectoplasma seria
o quinto estado da matéria: o psicodinâmico; sem dúvida o mais notável.”
O Autor concebe a necessidade de
criarmos aparelhos para vermos e ouvirmos o mundo espiritual, como os temos
criado para ver tantas outras coisas invisíveis a olho nu, no infinitamente
pequeno, nos pontos remotos do céu, no interior do corpo humano, etc. Imagina
um aparelho que lembra a “câmara cristalina” descrita por André Luiz no 48º
Capítulo de “Nosso Lar”, mas a sua serie semelhante a um televisor, e dá-lhe o
nome de “Câmara Espiritoscópica”.
Copiemos mais algumas linhas que
reclamam meditação:
“Todavia,
convém lembrar, mais uma vez, que pouco ou quase nada adiantaremos neste
sentido, com os repetidos espetáculos de “materializações espíritas”, sem outra
finalidade senão demonstrar aos céticos, aos indecisos, aos cheios de dúvidas,
uma verdade que encontrariam sobejamente demonstrada se se dessem ao trabalho
de estudar, meditar e observar o soberbo espetáculo do mundo em que vivemos. O
desabrochar de uma flor, o germinar de uma semente, a incubação de um ovo, a
gestação de um animal, são fenômenos muito mais eloquentes a proclamar
existência do Espírito, com mais clareza e consistência do que certas exibições
de ectoplasmia destinadas a eliminar incredulidades e satisfazer curiosidades pueris.”
(Páginas 146-7.)
Em todos os fenômenos da vida há
visível manifestação do Espírito, mas não nos detemos em meditar sobre eles,
porque são muito comuns. Numa flor que desabrocha para ser fecundada e produzir
uma semente, se qual se acha o germe da futura árvore, revela-se um grandioso
programa de vida. O mesmo se mostra na incubação de um ovo, na gestação de um
animal. São “materializações” de moldes espirituais preexistentes. O sábio Paul
Neergaard, em seu maravilhoso livro “La Vivo de la Plantoj” (A Vida das
Plantas), nos ensina com desenhos e belas palavras como cresce um simples pé de
trigo; assemelha-se à construção de uma torre, na qual tudo está planificado e
previamente delimitado; os tijolos
são inteligentes e colocam-se nas posições que lhes cumpre ocupar, sacrificando
uma parte de seu volume no extremo das fronteiras, para não ultrapassá-las; o elevador de materiais é a água movida
sabiamente de baixo para cima; esses tijolos inteligentes são moléculas vivas.
Tudo se comporta executando um plano e enchendo uma forma preexistente, mas
invisível.
No entanto, a ressurreição de um
morto, aparecendo cheio de vida, radiante de luz, afetuoso e gentil, como
certas materializações a que temos assistido, é um espetáculo emocionante que
nos abala os sentimentos e convence a razão.
Finalmente o nosso amigo encerra o
seu livro com um hino de fé e entusiasmo:
“As
faculdades da alma serão estudadas e desenvolvidas no mais alto grau. Os homens
utilizar-se-ão das propriedades do Espírito para a melhoria das suas condições
em geral. A Ciência, assim ampliada, conseguirá modificar até a estrutura
fisiológica do corpo humano, tornando-o ainda mais belo, forte e perfeito;
isento de doenças e deformidades. A genética espetacularmente desenvolvida
proporcionará melhores cérebros nos futuros encarnados. E outra raça nova de
verdadeiros super-homens surgirá em uma Terra paradisíaca, onde a lei do amor,
condensada no Evangelho do Cristo, será o código que orientará as relações entre
seus habitantes.
“Nós
seremos deuses...”
São igualmente nossas essas belas
esperanças do Autor, apenas não se pode prever quando se darão tantas
transformações. Lutemos por elas!
Anderson, como não existe ficção, sabemos bem disso, a técnica ectoplasmática tornára realidade as viagens dos personagens dos fimes e series "JORNADAS NAS ESTRELAS" q utilizavam como meio de transporte a desintegração do corpo na partida e sua reintegração na chegada. Abraços
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