Dogmas e mais dogmas
por I. Pequeno (Antônio Wantuil de
Freitas)
Reformador
(FEB) Novembro 1946
- Após uma encarnação fluídica num planeta mais adiantado que a Terra, encarnação sofrida como consequência de pequenina falta, retomou aquele Espírito o caminho simples e reto do progresso e até hoje o trilha, pois que ainda não chegou ao cume, à perfeição sideral. (1-333) ,
- Conquanto não se ache ainda na
categoria dos Espíritos puros, suas atuais encarnações estão de tal forma acima
de nossas inteligências, que não podemos fazer dela do que sejam.
Sabemos, porém, que Maria é um
Espírito inferior, muito inferior a Jesus. (1-331).
- O Senhor estava com Maria, mulher
entre todas bendita, por ser, entre todas, Espírito muito puro no desempenho de
uma missão na Terra. (1-369).
- Recomendando João a Maria e esta aquele,
Jesus deu o testemunho da sua solicitude pelos encarnados e homenageou os
sentimentos que devem animar os filhos com relação aos pais, sentimentos que
devem ligar a grande família humana. (IV-498).
Como vemos, apesar do muito respeito
e da muita estima que nos merece o elevado Espírito de Maria, ao qual temos
recorrido muitas vezes, não podemos concordar com os dogmas da Igreja, dogmas
que tendem a fazer da Virgem o que já fizeram com o Cristo, deificando-a igualmente.
Os espíritas também dirigimos preces a Maria, como o
fazemos igualmente aos nossos guias e protetores; porém, entre a nossa
veneração à Virgem e a outros grandes Espíritos e a divinização que lhe quer
dar a Igreja, vai um infinito, um abismo quase igual ao que existe entre a
criatura e o Criador, ou entre um planeta e o Universo.
Se assim continuarem, dentro de mais alguns séculos já
não mais terão a Trindade, visto que se tornará necessário criar um novo termo,
ao qual possam incluir as atuais três pessoas e mais o Espírito de Maria e
talvez mesmo o de João Batista.
Até lá, porém, o mundo já estará
recristianizado. Os Espíritos já terão levado a verdade a todos os cantos da
Terra, e os dogmas já não impressionarão a coletividade.
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