Os judeus pegaram em pedras...
10,31
Os judeus pegaram, pela 2ª vez, em pedras para o apedrejar.
10,32 Disse-lhes
Jesus: “ -Tenho mostrado muitas boas obras de parte de Meu Pai. Por qual dessas
obras me apedrejais?”
10,33 responderam-lhe os judeus: Não é por causa de
alguma boa obra, que Te querem apedrejar, mas, por uma blasfêmia, porque, sendo
homem, te fazes Deus.
10,34 Replicou-Lhes Jesus: “ -Não está escrito na vossa
lei: “Eu disse, sois deuses!” (Salmo 81,6)?
10,35 Se a lei chama deuses aqueles
a quem a palavra de Deus foi dirigida (ora, a escritura não pode ser
desprezada)
10,36 como acusais de
blasfemo a quem teu Pai santificou e enviou ao mundo, porque Eu disse: -Sou o
filho de Deus?
10,37 Se Eu não faço as
obras de meu Pai, não me creiais
10,38
mas, se as faço, e se não quiserdes crer em Mim, crede nas Minhas obras,
para que saibais e reconheçais que o Pai está em Mim e Eu no Pai”
10,39
Procuraram, então, prendê-Lo, mas Ele se esquivou das suas mãos.
10,40 Ele se retirou para além do Jordão, de novo,
para o lugar onde João começara a batizar, e lá permaneceu.
10,41 Muitos foram a Ele e diziam: -João não fez milagre algum,
10,42 mas tudo o que João falou deste
homem era verdade. E, muitos acreditaram Nele!
Para Jo (10,31-42), -Os Judeus
querem apedrejar Jesus - leiamos a Roustaing:
Vv.
31-36 - Os Judeus acusam Jesus
de fazer-se Deus, por haver dito: Eu e o
Pai somos um. Não podendo compreender e não compreendendo, no verdadeiro
sentido, as palavras que o Mestre lhes dirigia, os Judeus as tomavam sempre ao pé da letra.
A resposta que Jesus lhes deu,
entendida segundo o espírito, em verdade, exclui a divindade que eles
o acusavam de se atribuir.
Proclama, ao mesmo tempo, ser também
ele, como os que o acusavam, uma criatura de Deus, afirmando que, como eles,
tirara o ser, do Pai, do Criador
incriado, que é o único Deus; que tivera, como eles, o mesmo início, o mesmo
ponto de partida, a mesma origem divina comum a todos, na qualidade de princípio universal,
mas que era superior a todos os que da Terra pela sua pureza, pelo seu poder,
pela natureza de sua missão.
Quando os Judeus lhe dizem...
...te apedrejamos por causa da tua
blasfêmia, porque, sendo homem, Tu te fazes Deus.
Jesus responde:
Não está escrito na vossa lei: “Eu
disse: Sois Deuses?” Ora, se ela chama
Deuses àqueles a quem a palavra de Deus é dirigida (e a Escritura não pode
falhar), como é que dizeis àquele que o
Pai santificou e enviou ao mundo: “Tu blasfemas!”, porque digo que sou filho de
Deus?
Tendo-se em vista o entendimento dos
Judeus e a acusação que haviam feito, essa resposta, em que a letra se opõe a letra, era
peremptória , apropriada, pelos seus termos, à inteligência deles, de molde a
detê-los na atitude acusatória que assumiram e a desviar a acusação formulada.
Vv.
37-38 - Dirigindo-se aos Judeus, Jesus proferia essas
palavras não só para aquela época, mas também para o futuro e especialmente
para a época da revelação, que ele predisse e prometeu, do Espírito da Verdade,
da revelação atual, e ainda para os tempos que a esta se seguirão.
Ó homens, que não quereis crer na
missão de Jesus, que ainda não credes, quem quer que sejais, crede nas suas
obras, isto é, praticai a moral pura que ele pregou pelos seus ensinos e
exemplos, a fim de chegardes a conhecer o lugar que ele ocupa junto de Deus e
suas relações com o pai; a conhecer e a crer que, pela sua pureza, ele está em
relação direta com o Criador, que é uno com este pelo pensamento; que foi seu
enviado celeste, o Messias que, prometido, desceu ao meio dos homens; que é o
Espírito protetor e governador do vosso planeta, a cuja formação presidiu.
V.
39 - Tentaram então os Judeus prendê-lo, mas ele se lhes escapou das mãos: Exivit de manibus corum.
Este fato vem confirmar a
natureza extra-humana de Jesus e a põe em evidência.
Escapou das mãos dos Judeus, que já
o tinham querido apedrejar, que se achavam tomados
de furor e o cercavam, visto
que estavam reunidos em torno dele.
Já tivemos ocasião de vos falar
deste fato.
Jesus
se lhes escapou das mãos, vós o sabeis, fazendo desaparecer a tangibilidade do seu corpo fluídico.
“Não foi concedido ao Batista
fazer cair fogo do céu, ou ressuscitar mortos, como fizera Elias, ou empunhar a
vara do poder de Moisés em nome de Deus. Ele,
João, veio nos trazer a verdade. Voltou à Terra como João Batista, para
aplainar o caminho para Jesus pregar o Seu Evangelho.
Aqui, nesta aula, tratamos de
conhecer João Batista, o precursor de Jesus, e aprendemos que a fé não se
compra, luta-se para possuí-la; que o batismo de João Batista era o primeiro
contato com o nosso interior, um momento de reflexão, onde a nossa consciência
era despertada para os valores morais.
João Batista nos apresentou o
batismo do corpo falível.
O Messias nos ensinaria o batismo do
fogo, isto é, a lavagem da alma, para que ela tivesse vida eterna.
João não foi abandonado pelo Mestre;
o Senhor não poderia intervir em uma lei chamada ação e reação - o livre
arbítrio.
Como Elias, ele abusou da força
mandando decapitar os sacerdotes de Baal; como João, ele recebeu, já adulto, o
cumprimento da prova e os que o obedeceram foram decapitados ainda crianças:
foram as crianças mortas por Herodes.
Conquanto João não fora abandonado
por Deus nem por Jesus, tivera sempre a companhia dos Espíritos Celestiais que
lhe intuíram as profecias concernentes a Jesus.
Deus não dirige Seus filhos de
maneira diversa daquela pela qual eles próprios prefeririam ser guiados.
Portanto, a reencarnação é um
fato! João não só foi o precursor de
Jesus, como a página viva do livro das vidas sucessivas.
Ele
era o Elias que teria de vir...”
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