Revelação da Revelação
Editorial
Reformador (FEB) Agosto 1925
Muitos comentários hão
surgido pela imprensa a respeito desta incomparável obra que foi portadora de uma
série vastíssima de verdades superiores, que tonificam a alma, ávida de conhecimentos
que lhe proporcionem a paz e a confiança em seu futuro.
0s humildes discípulos
de Jesus, que meditam sem deslizes suas deliciosas páginas, não devem ignorar a
campanha sem norte e meramente palavrosa que se há desenrolado, no sentido de
ofuscar lhe o irresistível brilho.
O Evangelho de Jesus, código
luminosíssimo que há de conduzir os homens ao Reino de Deus, se acha ali plenamente
elucidado, do modo tão satisfatório, que esclarece a razão ennoitada (obscurecida) pelas
brumas que se adensam em torno de opiniões abstratas.
Nenhuma surpresa,
entretanto, deve experimentar o verdadeiro crente, no deparar os fragilíssimos
conceitos com que pretendem refuta-la, pois os evangelistas, no prefácio do
quarto velame, previram as objeções que haviam de surgir e que longe de atingirem
a meta almejada, cooperam eficazmente para que o seu valor se intensifique veementemente.
Tenho acompanhado com
vivo interesse, submetendo escrupulosamente ao cadinho da razão, todo quanto há
surgido contra a monumental obra, porém, nada encontrei ainda, capaz de lhe produzir
o menor abalo nos sólidos fundamentos que se apoiam na verdade sem véu.
Os seus opositores se
apegam a certas passagens, aliás cheias de sublimidades,
discordantes da obra do grande mestre e codificador. No entanto, essas passagens
constituem um complemento da aludida obra.
Espíritas, que tendes a
vossa razão desanuviada pelos ensinos dos grandes mestres, marchai desasombradamente
pela estrada ampla que a “Revelação da Revelação” vos aponta, praticando os seus
ensinamentos salutares, mitigando vossa sede nessa fonte perenal, onde encontrareis
o campo fertilíssimo de vossas operações porvindouras.
O futuro, não muito longínquo, fará ruir com fragor os argumentos
destituídos de lógica que ainda se opõem aos seus indestrutíveis ensinamentos,
os quais, à proporção que forem estudados e meditados, melhor compreendidos
serão.
Quando a aflição me
acabrunha o espírito, recorro pressurosamente a esse bálsamo de consolações e,
dentro de breves momentos, sinto-me transformado, sereno, cheio do mais vivo
contentamento, divisando, através de suas fulgurantes páginas, a moral santa ensinada
pelo Mestre dos mestres – Jesus.
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