quarta-feira, 13 de março de 2019

Revelação da Revelação



Revelação da Revelação
Editorial
Reformador (FEB) Agosto  1925

            Muitos comentários hão surgido pela imprensa a respeito desta incomparável obra que foi portadora de uma série vastíssima de verdades superiores, que tonificam a alma, ávida de conhecimentos que lhe proporcionem a paz e a confiança em seu futuro.

            0s humildes discípulos de Jesus, que meditam sem deslizes suas deliciosas páginas, não devem ignorar a campanha sem norte e meramente palavrosa que se há desenrolado, no sentido de ofuscar lhe o irresistível brilho.

            O Evangelho de Jesus, código luminosíssimo que há de conduzir os homens ao Reino de Deus, se acha ali plenamente elucidado, do modo tão satisfatório, que esclarece a razão ennoitada (obscurecida) pelas brumas que se adensam em torno de opiniões abstratas.

            Nenhuma surpresa, entretanto, deve experimentar o verdadeiro crente, no deparar os fragilíssimos conceitos com que pretendem refuta-la, pois os evangelistas, no prefácio do quarto velame, previram as objeções que haviam de surgir e que longe de atingirem a meta almejada, cooperam eficazmente para que o seu valor se intensifique veementemente.

            Tenho acompanhado com vivo interesse, submetendo escrupulosamente ao cadinho da razão, todo quanto há surgido contra a monumental obra, porém, nada encontrei ainda, capaz de lhe produzir o menor abalo nos sólidos fundamentos que se apoiam na verdade sem véu.

            Os seus opositores se apegam a certas passagens, aliás cheias de sublimidades,
discordantes da obra do grande mestre e codificador. No entanto, essas passagens constituem um complemento da aludida obra.

            Espíritas, que tendes a vossa razão desanuviada pelos ensinos dos grandes mestres, marchai desasombradamente pela estrada ampla que a “Revelação da Revelação” vos aponta, praticando os seus ensinamentos salutares, mitigando vossa sede nessa fonte perenal, onde encontrareis o campo fertilíssimo de vossas operações porvindouras.


           O futuro, não muito longínquo, fará ruir com fragor os argumentos destituídos de lógica que ainda se opõem aos seus indestrutíveis ensinamentos, os quais, à proporção que forem estudados e meditados, melhor compreendidos serão.


            Quando a aflição me acabrunha o espírito, recorro pressurosamente a esse bálsamo de consolações e, dentro de breves momentos, sinto-me transformado, sereno, cheio do mais vivo contentamento, divisando, através de suas fulgurantes páginas, a moral santa ensinada pelo Mestre dos mestres – Jesus.     

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