O Empregado Fiel
24,45
“Quem é, pois, o empregado fiel e
prudente que o Senhor colocou à frente de sua família, para dar-lhes o alimento
no momento oportuno? 24,46 Bem
aventurado aquele empregado a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! 24,47 Em verdade vos digo: Ele o colocará como
responsável por todos os seus bens. 24,48
O mau empregado, porém, diz em seu coração: - O patrão está
demorando, 24,49 e começa a bater nos companheiros,
a comer e a beber com os bêbados.
24,50 o patrão desse empregado virá num
dia que ele não espera e em hora que ele não sabe 24,51 e o fará em pedaços, dando-lhe o mesmo
destino que aos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes! 24,52 Por isso, estai também vós preparados porque
o Filho virá numa hora em que menos pensares.”
Para
Mt (24,45-51) -O Empregado Fiel - Parábola
- leiamos Antônio Luiz Sayão,
em “Elucidações Evangélicas”(Ed FEB):
“Estas palavras do Mestre,
apropriadas, com todas as que Ele pronunciou, aos tempos e ás inteligências, se
aplicam aos que tomaram o encargo de dirigir seus irmãos, de os conduzir pelo
caminho do progresso, de espargir sobre eles a luz. Felizes dos que, servos
fiéis e prudentes, distribuírem a tempo e a hora o alimento, dando a cada um a
luz e a verdade de que necessitar e que puder receber. Grande recompensa terão,
vendo abrir-se cada vez mais, diante de seus passos, a estrada que, levando à
perfeição, dá acesso ao trono do Senhor onipotente, que então os fará
partícipes de sua inteligência, do seu poder e do seu amor, na vida e na
harmonia universal.
Os que, porém, abusam da sua autoridade, da
confiança de que são indignos, para transviar os que deviam ser por eles
guiados; para mais apertar a venda nos olhos dos que deviam ser por eles
esclarecidos e se entregam às voluptuosidades humanas, lançando mão de bens em
que não deveriam tocar, sequer, esses serão severamente punidos. Responderão
pelas suas faltas e pelas que tenham induzido outros a cometer.
Maus servos, eles irão, exilados,
para mundos inferiores, para o meio dos “infiéis”, servir de guias a “cegos” e
de instrutores a “surdos”. Lamentarão aí amargamente não haverem desempenhado a
missão de que se incumbiram, quando se achavam entre seres inteligentes,
capazes de os compreender. Sofrerão horrivelmente e tanto mais, quanto mais
adiantados tenham sido no planeta terreno.
É esta uma lição que se aplica a todos os
que pediram e obtiveram a missão de dirigir seus irmãos pela senda do progresso
físico, moral e intelectual. As palavras do Mestre, de onde essa lição decorre,
embora se refiram a coisas de ordem espiritual, também se nos aplicam, no
tocante às coisas de ordem temporal, do ponto de vista assim da recompensa, como das
consequências dolorosas.”
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