As Maravilhas
do Evangelho
Sylvio Brito Soares
Reformador (FEB) Outubro 1961
E, no primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ao sepulcro, de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra
removida do sepulcro.
(João,
20:1)
Quando buscamos o Evangelho com o
propósito de nele encontrarmos alimento para a nossa alma, é naturalíssimo que
coloquemos em segundo plano o evento histórico, para nos atermos de preferência
ao sentido subjetivo dos relatos evangélicos.
Nesse versículo, que acabamos de
citar, colhemos uma lição magnífica, isto é, a lição da coragem, da decisão e
da fé ativa!
Maria Madalena, essa heroína que,
sem medir a extensão de seu gesto no seio da sociedade em que vivia, abandonou
as coisas do mundo para que maior plenitude pudessem nela encontrar as coisas
do céu, é evidentemente um padrão de confiança, de atitudes decisivas, porque
ela passou a compreender e a sentir o amor através de uma concepção superior,
de uma visão mais alta e, por ísso mesmo, pouco acessível à generalidade das
mentes e ao sentimentalismo humano.
Ela bem simboliza a voz que clama contra
o desânimo, a voz que lança o brado de guerra contra essa dor piegas e
incompatível com a pura essência do Cristianismo!
O homem de fé robusta, quando a
desgraça lhe atinge o coração, não se entrega a lamentações inúteis e a desesperos
tolos, porque, assim procedendo, ele sabe que não solucionará a situação e nem
acalmará a dor.
Seja qual for a provação por que
passemos, o que nos cumpre é imitar a atitude de Madalena!
Enquanto os discípulos de Jesus, na
hora difícil, sentiram abalada sua convicção nos ensinamentos do divino Mestre
e se refugiaram, transidos de medo, Maria de Magdala, ainda bem não despontara
o dia, sozinha e destemida se dirige até ao sepulcro, onde o corpo de seu
Mestre amado fora depositado.
E porque confiava nas palavras do
Cristo, porque sabia que os bafejados com a luz da verdade tinham de ser uma
força em constante atividade, por isso mesmo foi a primeira a receber a mensagem
de Jesus, após seu martírio no Gólgota.
O
desânimo, as lamúrias e os desesperos são forças negativas que nada resolvem,
antes agravam as nossas próprias dores, porque nos impedem de receber de nossos
irmãos do Além os bálsamos suavizantes de conforto espiritual!
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