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quarta-feira, 30 de março de 2011

Luis XI - Confissões...- Parte 01/04



Luís XI: Confissões
que a História não Revelou
Kleber Halfeld
Reformador (FEB), pág. 80 - Março 1990

           Muito historiadores traçaram os dados biográficos de Luís XI. Sua vida. Suas Obras. Seu pensamento.
       
Alguns detalhes, porém, ficaram ignorados. Detalhes que somente seriam conhecidos no século XIX, através da mediunidade de uma menina de 14 anos!
                                  
 *
          
           Quando Kardec, em janeiro de 1858 [1], teceu comentários a respeito de Ermance Dufaux, referindo-se à obra que mediunicamente ela recebera da heroína de Domrémy, teve oportunidade de encerrar sua página com estas palavras:

            “Voltaremos à história de Joana d’Arc, para explicar os fatos de sua vida, relacionados com o mundo invisível; então citaremos o que a respeito ela ditou ao seu mais notável intérprete.” (Destaquei.)

            (O leitor já terá adivinhado que o Codificador fazia alusão à própria Ermance Dufaux.)

            A leitura completa dessa página escrita por Kardec permite-nos enumerar os seguintes itens, referência feita a médium:

1.         Psicografou a obra “História de Joana d’Arc ditada por ela mesma”, quando tinha 14 anos de idade!
2.         Além desta, escreveu duas outras. Uma, a respeito de Luís XI. Outra, sobre Carlos VIII.
3.         Notava-se em sua mediunidade especial pendor para os fatos históricos.
4.         Um curioso fenômeno observou-se com o passar do tempo; as Entidades Espirituais que de início haviam optado pela psicografia, elegeram depois o sistema psicofônico.
5.         Jamais recebeu a médium comunicações que não fossem de ordem elevada.
6.       Kardec, que teve oportunidade de conhecê-la pessoalmente, fez questão de frisar que “os incrédulos farão sempre mil e uma objeções; mas para nós que vimos a médium, a origem do livro (referindo-se à biografia de Joana d’Arc) não poderia ser posta em dúvida”.

            Adiantou ainda que “sua instrução era a das meninas de família decente, educadas com cuidado, mas, ainda quando tivesse uma memória fenomenal, não seria nos livros clássicos que iria encontrar documentos íntimos, dificilmente encontradiços nos arquivos da época”.

            Semelhantes apreciações do Codificador, sempre prudentes na observação de todos os acontecimentos, deixam-nos à vontade para enfocar no presente trabalho as confissões feitas pelo antigo Rei da França (Luís XI), através da mediunidade de Ermance Dufaux.

         Meu objetivos, baseado em pesquisas realizadas, não é tanto o de acrescentar dados que tenham escapado aos historiadores, embora seja esse um pormenor sempre proveitoso para o nosso aprendizado. O importante é deixar consignado que através da mediunidade podem as Entidades Espirituais esclarecer, no tempo em que julgam oportuno, detalhes até então desconhecidos.

            Aliás, é interessante ressaltar que Kardec foi deveras feliz quando, referindo-se à história de Luís XI, afirmou:
            “(...) Como fenômeno de manifestações, este trabalho oferece um interesse especial;  prova que as comunicações espíritas podem esclarecer-nos sobre a História, desde que nos saibamos colocar em condições favoráveis.”(...) [2]

            No trabalho Dúvidas do mar, da terra e do céu[3], tive ensejo de citar exemplos alusivos a semelhantes revelações por parte do mundo espiritual.



[1]  “Revue Spirite”.
[2] “Revista Espírita”, junho de 1858.
[3] “Reformador”, abril de 1984.

3 comentários:

  1. Bom dia!

    Interessante, mas onde posso encontrar mais informações a respeito desse assunto?

    Grata.

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  2. Boa pergunta. Aguarde uns poucos dias.Vamos verificar.

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  3. O artigo a que o Halfeld se baseou (um deles) é de Abril de 1984. Entre no site da FEB. Após 'Reformador' e finalmente 'acervo'. Ano: 1984. Caminhe por todo o ano de 1984 até que apareça o mês de Abril. Imprima e pronto. Já a obra da Ermance sobre Luís XI foi considerada contrária aos interesses da igreja e retirada do mercado por Napoleão III, sobrinho do Bonaparte. Acho que nem a FEB detém uma cópia

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