Saibamos
cooperar
Emmanuel por Chico Xavier Reformador (FEB) Maio 1947
“Porque sem mim, nada podeis fazer." – Jesus em João, 15:5
Referimo-nos aqui, porém, aos cultivadores
da fé que iniciam o esforço laborioso e longo da descoberta dos valores
sublimes que vibram em si mesmos.
Grande parte suspira por espetaculares
demonstrações de Jesus em seus caminhos e companheiros incontáveis acreditem em
apenas cooperam com o Senhor os que se encontram no ministério da palavra, no
altar ou na tribuna de variadas confissões religiosas.
Urge, entretanto, retificar esse erro
interpretativo.
O Senhor está conosco em todas as
posições da vida. Nada poderíamos realizar sem o influxo de sua vontade
soberana.
Diz-nos o Mestre com segurança: “eu
sou as videiras, vós as varas”. Como produzir alguma coisa sem a seiva
essencial?
Efetivamente, os aprendizes arguciosos poderão objetar
que, nesse critério, também encontraremos os que praticam o mal, alicerçados
nas mesmas bases. Respondendo,
consideraremos somente que semelhantes infelizes enxertam cactos infernais na
Videira Divina, por conta própria, pagando elevado peço, perante o Governo do
Universo.
Reportamo-nos aos companheiros
tímidos e vacilantes, embora bem intencionados, para concluir que, em todas as
tarefas humanas podemos sentir a presença do Senhor, santificando o trabalho
que nos foi cometido. Por isso, não podemos olvidar a lição evangélica de que
seria abençoado qualquer esforço no bem, ainda que fosse apenas o de ministrar
um copo de água pura em Seu Nome.
O Mestre não se encontra tão somente
no serviço daqueles que ensinam a Revelação Divina, através da palavra
acadêmica, instrutiva ou consoladora. Acompanha os que administram os bens do
mundo e os que obedecem as ordenanças do caminho, concorrendo na edificação do futuro
melhor, nas organizações materiais e espirituais. Permanece no lado dos que
revolvem o chão do planeta, cooperando na estruturação da Terra Aperfeiçoada,
como inspira aos missionários da inteligência na evolução dos direitos humanos.
Saibamos cooperar, desse modo, nos
círculos de serviço a que fomos chamados ao concurso cristão.
Faze tanto bem, quanto esteja em
tuas possibilidades, à obra parcial confiada às tuas mãos.
Por hoje, talvez te enganes, supondo
servir às autoridades terrestres; no entanto, chegará o minuto revelador, no
qual reconhecerás que permaneces a serviço do Senhor. Une-te, pois, ao Divino
Artífice, em espírito e verdade, porque o problema fundamental de nossa paz é
justamente o de saber se vivemos n'Ele tanto quanto Ele vive em nós.
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