A
alegria
por P. Marchal
livro: ‘O Espírito
Consolador’ (Ed. FEB)
A alegria não é
somente a recompensa da virtude, é-lhe também a fonte. A muitos corações, para
que se tornem bons, nada mais falta do que serem dilatados e muita gente existe
que só é má a força de ser azedada. Ora, o Espírito
Consolador, apoderando-se de uma alma, verte-lhe tanto bálsamo, que lugar
nela não fica para o azedume. Sob tal aspecto nos mostra ele Deus e o homem, a morte
e a vida, o presente e o futuro, que nos força ao enternecimento. Aquele, em
quem a sua luz tem penetrado bastante, sente pelos seus irmãos encarnados uma simpatia,
que nada mais poderá desalentar e a caridade deixa de ser uma virtude, para se
mudar num arrastamento.
É de Maine de Biran este pensamento: “Não é bom o que nos faz tristes e o que não é
bom não pode ser verdadeiro.” Assim sendo, sobejas razões temos para
concluir que estamos com a verdade, porquanto a nossa crença nos dispõe à bondade,
por meio da alegria.
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