Para
confronto
Redação
Reformador (FEB) Novembro
1917
Na sua obra notável – “Pluralidade das existências da alma” insere André Pezzani uma carta,
que lhe dirigira ilustre representante do clero francês, da qual desprendemos
este trecho:
“Gilles do Retz, no século XV, roubou aos camponeses dos arredores
do seu antro cerca de cento e vinte e cinco crianças, que foram por ele cruelmente
supliciadas e mortas, em orgias sodômicas para honrar Satã. Espero, vo-lo declaro,
jamais me ter de encontrar com Gilles de Retz ...
Não foi difícil a Pezanni responder ao missivista eclesiástico...
Poderiam ambos encontrar o espírito do antigo criminoso transformado em herói,
depois de sucessivas vidas expiatórias.
A marquesa de Brinvilliers foi processada, condenada e
executada, em Paris, por uma série de crimes monstruosos: parricídio, fratricídio,
envenenamento de doentes do Hotel-Dieu, do marido e de outras pessoas... Antes
de levada ao patíbulo, foi ouvi-la em confissão o padre Edme Pirot, doutor em
teologia, o qual segundo lemos em H. Constant, fez a seguinte declaração
relativa à penitente:
“Durante
a última hora de vida, foi admirável em seu arrependimento; a graça a iluminou
de tal modo que eu quisera estar colocado em seu lugar.”
O missivista, que citamos acima, poderá encontrar no paraíso,
absolvida pelo seu colega Pirot e gozando da beatitude celeste, a marquesa de Brinvilliers...
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