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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

O rico e Lásaro


- O Rico e Lázaro -            Parábola                  
         
16,19 Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. 
16,20  Havia, também, um mendigo de nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado próximo à porta do rico.  
16,21  Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico pois até os cães iam lamber-lhe as chagas. 
16,22 Ora, aconteceu de morrer o mendigo e ser levado para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 
16,23 e, estando o rico no umbral, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão com Lázaro em seu colo. 
16,24 Gritou então; -Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado neste local. 
16,25 Abraão, replicou: -Filho, lembra-te que já recebeste teus bens em vida  enquanto Lázaro sofria. Por isso, ele agora é consolado e tu estás sofrendo. 
16,26 Além de tudo, há, entre nós e vós, um grande abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. 
16,27 O rico disse: -Rogo-te, então, Pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. 
16,28 É para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos.
16,29 Disse-lhe Abraão: -Eles tem Moisés e os profetas: Ouçam-nos! 
16,30 o rico replicou: -Não, pai Abraão, se for a eles um dos mortos, arrepender-se-ão! 16,31 Abraão respondeu-lhe: -Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos!

         Para Lc (16,29) -Eles tem Moisés e os profetas; Leiamos,  “Pão Nosso” (Ed. FEB), de Emmanuel por Chico Xavier, nos fornece a orientação: 

            “A resposta de Abraão ao rico da parábola ainda é ensinamento de todos os dias, no caminho comum. Inúmeras pessoas que aproximam das fontes de revelação espiritual, entretanto, não conseguem a libertação dos laços egoísticos de modo que vejam e ouçam, qual lhes convém aos  interesses essenciais.

            Há precisamente um século, estabeleceu-se intercâmbio mais intenso entre os dois planos, na grande movimentação do Cristianismo redivivo; contudo, há aprendizes que contemplam o céu, angustiados tão só porque nunca receberam a mensagem direta de um pai ou de um filho na experiência humana. Alguns chegam ao disparate de se desviarem da senda alegando tais motivos.

            Para esses, o fenômeno e a revelação no Espiritismo Evangélico são simples conjunto de inverdades, porque nada obtiveram de parentes mortos, em consecutivos anos de observação. Isso, contudo, não passa de contra-senso.

            Quem poderá garantir a perpetuidade dos elos frágeis das ligações terrestres? O impulso animal tem limites. Ninguém justifique a própria cegueira com a insatisfação do capricho pessoal.

            O mundo está cheio de mensagens e emissários, há milênios. O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender ao círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas.”

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