Fraternidade
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Março 1952
“Amemo-nos
uns aos outros...” João.
I
João, 4:7.
Nem
um só monumento do passado revela o espírito de fraternidade nas grandes civilizações
que precederam o Cristianismo.
Os
restos do Templo de Karnak, em Tebas, se referem à vaidade transitória.
Os
resíduos do Circo Máximo, em Roma, falam de mentirosa dominação.
As
ruínas da Acrópole, em Atenas, se reportam ao elogio da inteligência sem amor.
Santuários
e castelos, arcos de triunfo e muralhas preciosas, hoje relegados à miséria e ao
abandono, atestam a passagem da discórdia, da prepotência e da fantasia.
Antes
do Cristo, não vemos sinais de instituições humanitárias de qualquer natureza,
porque, antes d'Ele, o órfão era pasto à escravidão, as mulheres sem títulos
eram objeto de escárnio, os doentes eram atirados aos despenhadeiros da imundície
e os fracos e os velhos eram condenados à morte sem comiseração.
Aparece
Jesus, porém, e a paisagem social se modifica.
O
povo começa a envergonhar-se de encaminhar os enfermos ao lixo, de decepar as
mãos dos prisioneiros, de vender mães escravas, de cegar os cativos utilizados
nos trabalhos de rotina doméstica, de martirizar anciãos e zombar dos humildes e
dos tristes.
Um
novo mundo começa ...
Ao
influxo do Divino Mestre, o homem passa a enxergar os outros homens.
O
lar, a maternidade, o berçário, a escola, o hospital, o asilo, são recintos
sagrados e um novo gênio de luz ergue-se muito acima daqueles que se faziam
respeitar pela espada, pelo sangue, pela sagacidade e pela força, para governar
as almas na Terra.
Sem
palácio e sem trono, sem coroa e sem títulos, o gênio da Fraternidade penetrou
o mundo pelas mãos do Cristo, e, sublime e humilde, continua, entre nós, em
silêncio, na divina construção do Reino do Senhor.
Do Blog: Feliz 2020!
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