Na Ascenção
Rodrigues de Abreu
por Chico
Xavier
Reformador
(FEB) Março 1954
Poderás,
em verdade
Exercer
facilmente
O
nobre auxílio aos outros.
Não
te custa sorrir
Para
os filhos da dor
Que
choram desolados
Quando
brilha a alegria
No
caminho em que avanças.
Não
te pesa entregar
A
quem sofre com fome
Quanto
te sobra à mesa
Na graça
da abastança.
Não
te pesa o consolo
Quando
a calma te ajuda,
Nem
te fere amparar
A
quem geme na sombra
Quando
há sol em teu peito,
Sob
as bênçãos do céu...
Mas
o auxílio a ti mesmo
Nas
chagas da amargura,
Pelo
santo remédio
Da humildade
e da paz,
É
sempre o sacrifício
E a renúncia
em ação.
Se desejas,
portanto,
Redimir
a ti próprio,
Se
procuras na vida
O
socorro a ti mesmo,
Aprende
a caminhar
Sob
a cruz do dever,
Aceitando
na dor
O bálsamo
divino...
Se
pretendes subir
Ao
calvário da glória.
Procurando
com Cristo
A
eterna redenção,
Recebe
em cada golpe
Da jornada
terrestre
O
generoso impulso
Da
vida que te eleva
Dos
abismos da treva
Aos
píncaros da luz.
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