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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Mediunidade e Escrúpulo


             Frequentemente encontramos muitos médiuns, retardados em serviço, sob escrúpulos infundados.

            Afirmam-se receosos de auxiliar.

            Qual se os Espíritos benevolentes e sábios devessem tratá-los, à conta de máquinas, com evidente desrespeito à liberdade de cada um, incompreensivelmente esperam pela inconsciência, a fim de serem úteis.

            Os servos da luz e da verdade, no entanto, aspiram a encontrá-los na condição de companheiros de trabalho e não como sendo robôs ou fantoches sem noção de responsabilidade nos encargos que assumem.

            Que dizer do escriturário que permanecesse no posto, incessantemente e nas mínimas circunstâncias, à espera de que o diretor do escritório lhe insensibilizasse a cabeça, a fim de atender às próprias obrigações? do enfermeiro que só obedecesse na atividade assistencial aos doentes, quando o chefe do hospital lhe impusesse os constrangimentos da hipnose?

            Convençamo-nos, em Doutrina Espírita, de que estamos todos reunidos na Seara do Bem; que os imperativos do trabalho e da fraternidade se repartem na equipe; que os nossos ideais e compromissos se nos continuam uns nos outros; e que a Obra da Redenção pertence fundamentalmente ao Cristo de Deus e não a nós.

            Compreendido isso, perceberemos, para logo, que ajudar aos irmãos em dificuldades e provas idênticas ou maiores que as nossas é simples dever, e que, em matéria de escrúpulo, a preocupação só é válida quando nos entregamos aos arrastamentos do mal, com esquecimento de que estamos convidados, aceitos, engajados e mobilizados no serviço do bem aos outros, que redundará invariavelmente em nosso próprio bem.

Mediunidade e escrúpulo
Emmanuel por Chico Xavier

Reformador (FEB) Jan 1970 

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