Xavier, o Poeta
Xavier, o Médium
Xavier, o Médium
O nosso bom Chico Xavier retomou à
pátria espiritual. Deixou um legado que será difícil igualar. São poucos os que
doam sua vida inteirinha pelo bem dos outros como o bom Chico fez por todos
nós. Nossa homenagem não busca o velhinho, ossos doídos, vista cansada,
alquebrado pelos anos de trabalho mas sim aquele jovem, cheio de vigor e vontade
que em 1° de Junho de 1932 se apresentava ao público de Reformador, órgão
oficial da FEB.
Curiosamente, sua primeira obra
publicada neste veículo não foi uma psicografia mas sim lindos versos, de sua
própria autoria, que apresentamos abaixo:
Da
Treva à Luz
Esqueçamos um
instante as lutas terrenas
E voemos no Azul de
deífica harmonia:
Contemplaremos pois
a luz de um novo dia
Sublimado e feliz
de sóis primaveris.
Sigamos. Já não são
os doloridos ais
Desferidos na terra
em forma de agonia;
São poemas de amor,
de paz e de alegria
Que ouvimos no
esplendor das luzes imortais.
E após despertar
desse estágio sublime,
Traremos conosco as
dúlcidas lembranças
Desse eterno fulgir
que o homem não traduz.
Voltamos bendizendo
a dor que nos redime,
Divinizando o céu
das nossas esperanças,
A marcharmos com
ardor das trevas para a luz!
Assim vibrava o coração do bom Chico
aos 22 anos de idade.
Que promessa! Que certeza!
O Polígrafo
No início era o Xavier. Chegou de
mansinho como sempre foi o seu jeito de ser. Seu primeiro trabalho mediúnico publicado
foi o livro "Parnaso de Além-Túmulo" que, em Abril
de 1932, quando ainda estava no prelo, já merecia rasgados elogios de parte de
Manoel Quintão, através do periódico Reformador, da FEB.
"Parnaso ... " apresenta
uma coletânea de poesias de autores famosos, já desencarnados à época da
publicação. A variedade de estilos literários inibia qualquer possibilidade de ser
contemplada a hipótese de fraude. Os trabalhos apresentados eram tão
semelhantes à obra deixada pelos desencarnados que o fraudador teria de ser um
gênio para alcançar tal capacidade de reprodução de tantos estilos de diferentes
autores. Chico silenciou as elites culturais e aos formadores de opinião da
época. Daqueles, muitos foram os que reformularam seus conceitos espirituais e
tomaram a trilha consoladora do Espiritismo. Manoel Quintão assim exprimiu-se
sobre o tema:
"Admitimos que, com tempo,
paciência e aptidões necessárias, possa alguém apossar-se da técnica de um grande
escritor a ponto de iludir os menos argutos, conhecedores
do mister.
De um, mas não de muitos escritores,
entenda-se, e isto na prosa porque, no verso, a empresa se torna quase senão de
todo, insuperável.
Depois, há de convir, na mais
otimista das hipóteses que, a quem dispusesse de tais virtudes e habilidade
melhor e mais prático lhe fora construir obra sua do que atribuí-la a
outrem.
... sobre o médium polígrafo Xavier,
haveríamos de o supor, antes de tudo um tolo, deslocado do seu tempo e do seu
meio, e depois de tudo, um velho faiscador de não menos
velhos patrimônios literários. Mineração passadista, ao demais inútil, porque
nem admite proventos pecuniários, de vez que ele, de tudo cedeu e concedeu a beneficio
da Federação, com vistas à propaganda. E Xavier é jovem, é mesmo muito jovem e
pobre de bens materiais.
... Curioso, interessante,
magnífico; guarde-se o leitor para a surpresa que nos destinam de bem alto,
como verdadeiro maná neste deserto árido em trânsito para a Terra
da Promissão."
Os anos se passaram, Xavier se fez
Chico e, através dele, cerca de 400 livros foram a nós enviados pelo Plano Maior.
Deus o abençoe e no regaço de Maria, sua mãezinha querida,
aceite nossas lágrimas de reconhecimento e agradecimento pelo seu trabalho de
amor e renúncia por todos nós. A equipe
do Blog
Manoel Quintão
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