Frequentemente
encontramos muitos médiuns, retardados em serviço, sob escrúpulos infundados.
Afirmam-se receosos de auxiliar.
Qual se os Espíritos benevolentes e
sábios devessem tratá-los, à conta de máquinas, com evidente desrespeito à
liberdade de cada um, incompreensivelmente esperam pela inconsciência, a fim de
serem úteis.
Os servos da luz e da verdade, no
entanto, aspiram a encontrá-los na condição de companheiros de trabalho e não
como sendo robôs ou fantoches sem noção de responsabilidade nos encargos que
assumem.
Que dizer do escriturário que
permanecesse no posto, incessantemente e nas mínimas circunstâncias, à espera
de que o diretor do escritório lhe insensibilizasse a cabeça, a fim de atender
às próprias obrigações? do enfermeiro que só obedecesse na atividade
assistencial aos doentes, quando o chefe do hospital lhe impusesse os
constrangimentos da hipnose?
Convençamo-nos, em Doutrina
Espírita, de que estamos todos reunidos na Seara do Bem; que os imperativos do
trabalho e da fraternidade se repartem na equipe; que os nossos ideais e
compromissos se nos continuam uns nos outros; e que a Obra da Redenção pertence
fundamentalmente ao Cristo de Deus e não a nós.
Compreendido isso, perceberemos,
para logo, que ajudar aos irmãos em dificuldades e provas idênticas ou maiores
que as nossas é simples dever, e que, em matéria de escrúpulo, a preocupação só
é válida quando nos entregamos aos arrastamentos do mal, com esquecimento de
que estamos convidados, aceitos, engajados e mobilizados no serviço do bem aos
outros, que redundará invariavelmente em nosso próprio bem.
Mediunidade e
escrúpulo
Emmanuel por Chico
Xavier
Reformador (FEB) Jan 1970
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