Ensinos de Jesus
por Antônio Neto
livro: “Libertação” (Editora Ismael-Araras-SP, 1955)
A
todo instante nos falam os historiadoresdo Mestre da comunhãoespiritual que, a
título de consolação perene, o Senhor legaria aos seus filhos angustiados.
É a eterna manifestação da bondade e da
misericórdia divinas através bda porta
do, hoje, chamado mediunismo.
No capítulo
segundo, número dois e seguintes, dos Atos dos Apóstolos, o evangelista nos
conta que “de repente, chegou, do céu, u som, como de um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que se achavam assentados.
E foram
vistas, por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousavam sobre
cada um.
E todos
foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falr noutras línguas, conforme o
Espírito lhes concedia que falassem.
E correndo
aquela voz, ajuntou-se uma multidão confusa, porque cada um os ouvia falar na
sua própria lingua em que foram nascidos.
E todos
pasmavam e se maravilhavam.
Partos e
medas, elamitas e os que habitavam na Mesopotânea, Judéia, Capadócia, Ponto e
Ásia, Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, cretenses,
árabes e forasteiros romanos, todos ouviam, na própria lingua, falar das grandezas
de Deus.”
Após um
estrangulamento temporário, em que as vozes do Além permaneceram condenadas
pelos círculos religiosos conhecidos, eis que as palavras de Pedro, atualizadas
pelo imperativo da Verdade, voltam a ser reclamadas pelos defensores da
doutrina renascida. Eis porque os espíritas repetem, na sua sinceridade: “Estes
homens nãp serão embriagados, como vós pensais, não estão enlouquecidos. Confirma-se,
apenas, o que foi dito pelo profeta Joel na longinqua antiguidade: nos últimos dias,
disse o Senhor, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; e
vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões
e os vossos velhos sonharão sonhos. Derramarei o meu Espírito sobre os meus
servos; e minhas servas, naqueles dias, profetizarão.”
É a
maravilha da Doutrina Cristã, sempre viva e presente, na su pureza primitiva,
através dos exercícios de elevação constante em que as gerações se preparam para
a implantação da Nova Jerusalém.
É a
renovação do Espírito Santo impelindo Simeão ao Templo, atrás da Consolação de
Israel... é a revivescência mediúnica das atividades altíssimas de Ana, a
profetisa da família de Fanuel...
E Saul
procurando a pitonisa, necessitado da orientação do profet falecido... é
Moisés, no Monte Sinai, aguardando os Mandamentos...
É o Cristo
transfigurado... é Madalena no sepulcro, procurando o seu Senhor...
É Natanael
buscando o Cristo, por intermédio de Filipe... as bodas de Caná..
É a
Samaritana è beira do poço... o paralítico de Betesda... a multiplicação dos
pães...
E
Jesus andando sobre as ondas... a cura do cego de nascença..
E Lásaro
ressuscitado...
A porta
estreita simbólica, dos ensinos de Jesus...
E Zaqueu, o
publicano... o homem de mão mirrada... o centurião de Cafarnaum...
Os leprosos
e os endemoinhados... as pecadoras e os lunáticos a caminho da redenção...
É a vida,
plena de exemplos, do Médico Divino... dos seus emissários fiéis apedrejados
pelo povo...
É o Cristo,
constantemente.
Quando,
pois, a voz macia do discípulo amado escoar, de novo, nos nossos corações,
dizendo: - É o Senhor! Imitemos a Simão Pedro, cingindo a túnica fraterna da
solidariedade cristã, e lancemo-nos ao mar do auxílio mútuo, para que o Cristo
nos encontre no nosso posto de trabalho, dentro do campo imenso da Sua Seara
Divina. E, enquanto, muitos, “maravilhados e suspensos, disseram entre si – que
quer isto dizer?” deixemos que os demais prossigam na indiferença ou na
zombaria... Não é o mosto que nos impede, mas o Cristo que nos chama porque o
reino de Deus não estará longe de nós.
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