O Clarividente e a Polícia Holandesa
Túlio
Tupinambá (Indalício Mendes)
Reformador
(FEB) Maio 1964
Há na Rússia soviética, mais precisamente,
na Universidade de Leningrado, um Laboratório de Investigações dos fenômenos
telepáticos, que esteve (não sabemos se ainda está) sob a direção do prof. L.
L. Vasiliev, então presidente do Dep. de Fisiologia.
Semelhante fato, revela que, mesmo
num país de profundas e rígidas convicções materialísticas, o Espírito começa a
abrir caminho...
Em Amsterdã, Holanda, um detetive,
diferente dos outros, facilitou os trabalhos da Polícia, que se achava perplexa
e sem saber como agir diante de misterioso crime.
O caso se passou assim, segundo
lemos no “Diário de Notícias”, do Rio, de 4 de Janeiro do ano corrente que,
data vênia, reproduzimos em parte:
“O inspetor de polícia que atendeu à ocorrência
chamou imediatamente, a seu gabinete, um dos mais estranhos detetives que já
participaram de investigações policiais, Gerard Croiset, de 54 anos,
ex-empregado de uma mercearia em Utrecht, hoje considerado grande vidente na
Holanda.
“Sob os olhares céticos dos
policiais presente, o estranho detetive tomou nas mãos o martelo, único elemento
capaz de fornecer uma pista sobre o crime, e concentrou-se durante alguns
momentos. Em seguida, disse:
“O homem que estão procurando é alto
e moreno. Tem cerca de 30 anos e sua orelha esquerda é deformada. Mas este
martelo não lhe pertence. Seu dono é um homem de meia-idade, que o criminoso
visita com frequência em uma casinha branca perto daqui. Faz parte de um grupo
de três casas idênticas.
“Durante meses a Polícia procurou o
criminoso. Certo dia, um homem foi detido para interrogatório, sob suspeita de
outro crime. Era alto, moreno, e tinha 29 anos de idade. Uma deformidade em sua
orelha levou os policiais a interroga-lo sobre a agressão a martelada.
“Finalmente, o preso confessou-se
autor do ataque e contou que tomara o martelo de um amigo. A polícia investigou
e descobriu que o martelo pertencia a um homem de 55 anos, residente em uma
casinha branca, ladeada por duas outras casas idênticas.
(1)
Ernesto Bozzano – “Enigmas da Psicometria”. Ed. FEB 1949, FEB, págs. 5 e 7.
(2) Idem, idem, págs. 25 e 26.
Aqueles que ainda não conhecem esse
livro de Bozzano, excelente como todos os que saíram das mãos desse notável
estudioso dos problemas psíquicos, devem lê-lo e estuda-lo. Aprende-se muita
coisa. Espiritismo não é apenas frequentar sessões e tomar passes. Demanda
estudo, vontade de aprender, ânsia de adquirir novos conhecimentos. Novo mundo
se abre diante dos nossos olhos, para a evolução do nossos Espírito.
O clarividente de Utrecht,
referindo-se à sua faculdade psicométrica, declarou:
Para esse inspetor de Polícia não há
mais dúvidas quanto aos poderes clarividentes do Croiset.
“Logo que recebeu o pedido de ajuda dos pais e enquanto
ainda estava em Haia, Croiset, na presença de testemunhas, fez um esboço do
canal em que, afirmava, seria encontrado o corpo do menino. Desenhou uma casa
de campo ao lado do canal e disse que havia um catavento perto, além de uma
caixa de papelão branca, cheia de lixo. E disse ainda que do outro lado do
canal havia um muro, com um portão.
“Declarou que aquele era o local
em que o menino caíra na água, mas seu corpo estava uns 600 metros de distância,
levado que fora pela correnteza. Fui com Croiset de carro até o canal e ele
disse que ali ocorrera o acidente. Já se passavam oito dias desde que o garoto
desaparecera.
“Encontramos o local que Croiset
descrevera em seus mínimos detalhes. A caixa de papelão estava tão coberta pelo
mato, que tivemos de procura-la durante algum tempo. Fomos então até uma ponte
de cimento, sobre um trecho estreito do canal. Eu podia ver o suor escorrendo
da fronte de Croiset, que se deteve no meio da ponte.
‘O rosto dele estava muito
vermelho e era evidente que estava sob violenta tensão emocional. Disse-me
então: “Na terça-feira, o corpo do garoto subirá à tona da água, nesta ponte.”
Acrescentou que seria inútil dragar o canal. Apesar disso, fizemos dragagens
durante todo o fim de semana, mas nada encontramos.
“As 7h 45m de terça-feira, um
policial viu o corpo surgir à superfície, Era realmente sobrenatural. A não ser
por um estranho poder, como poderia aquele homem prever as coisas com tanta
exatidão?”
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