O Idioma
de Jesus
Vocabulário Histórico-Geográfico dos Romances de Emmanuel (FEB)
O
aramaico, dialeto semítico, do grupo arameu-assírio, era o falado por Jesus.
Podem
assim ser divididas as línguas semíticas: a)
Grupo arameu-assírio; b) Grupo cananeu; c) Grupo árabe.
O
arameu-assírio abrangia o assírio propriamente dito e dois dialetos aramaicos:
1) Caldeu ou caldaico; 2) Siríaco ou siro-hebraico.
Dos
dois dialetos aramaicos, predominava o caldeu na Assíria (e Babilônia), o
Siríaco na Síria (e Mesopotâmia). Admite-se que o povo israelita, possuidor de
língua própria - o hebreu ou hebraico, do grupo cananeu - assimilasse ambos os
dialetos aramaicos, quando escravizado pelo rei babilônio Nabucodonosor.
Dominados, por sua vez, os babilônios pelos persas, permitiram estes o regresso
de israelitas a Jerusalém e surge, então, um período de concomitância: o povo
fala dialetos aramaicos, mas subsiste como língua oficial o hebreu, usados
também o grego e o latim, este na fase de subjugação romana.
Daí
comunicar-se Jesus com o povo em dialeto aramaico (siríaco ou siro-hebraico) e
com os doutores da lei na língua oficial. Por isso, tanto Lucas como João
(respectivamente 4:17,21 e 7:15) mencionam o espanto dos circunstantes pela
leitura e interpretação de textos sagrados, feitas por Jesus em linguagem
clássica, sem aparente aprendizado escolar. Revela o romance “Há Dois mil Anos”
que o latino Públio Lêntulus considerou difícil entender-se com o Mestre,
porque “certamente Jesus lhe falaria no aramaico...” E o Evangelista Marcos, ao
registrar expressões em dialeto, fornece tradução imediata (“Talitha, cumi”,
5:41 - Ephpatha, 7:34; - Lama sabachtani”, 15:34).
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