No Silêncio da Saudade
Fontes de Luz
por Hernani T. Sant'Anna
Reformador (FEB) Novembro 1976
O Céu não é insensível aos apelos aflitos dos
corações que choram e sangram, na Terra, na saudade de seus
amados, transferidos
de plano pelo fenômeno da morte física.
Entretanto, na
comunicação entre os dois mundos, precisam ser vencidas
certas dificuldades de natureza
emocional, psíquica
e instrumental.
Muitas vezes o silêncio da saudade, na ausência
aparente, é
imposição de
disciplina necessária e de amor
legítimo, muito
mais bondosa e justa do que poderá supor quem não possua
maior conhecimento de causa.
Haja, pois, em cada um de nós, suficiente entendimento e humildade de coração, para
agradecermos a Jesus as bênçãos misericordiosas que nos concede, até mesmo
quando nos nega aquilo que imaginamos desavisadamente
seja o melhor para nós.
Guardemos nosso coração em paz e estejamos
certos de que é dentro de nossa própria alma
que temos de ver e ouvir os que verdadeiramente amamos, cuja imagem e cuja
voz' devem vibrar no imo de nós mesmos.
Todos precisamos adquirir, no bojo do tempo, a ciência da
renúncia e do
silêncio, para o acrisolamento do verdadeiro amor, aprendendo com a Natureza a construir permanentemente
e sem alardes a
grandeza da vida.
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