“Graças e Paz te sejam dadas!
Entregas aos teus irmãos em crença,
bem como aos interessados na doutrina, o 2º fascículo das comunicações do “Mundo
Além”, o mundo desconhecido aos que não tem fé.
Importa que assim o faças, em obediência
às instruções de espírito Guia, que te encaminha os passos com dedicação e
carinho. Serão bem acolhidos esses ditados, cheios de revelações e ensinos
proveitosos, pelos humildes e simples de coração, por que tem olhos para ver,
ouvidos para ouvir e coração sincero para sentir. Não te inquietes, porém, com a apreciação injusta dos que tiverem a infelicidade de não as aceitar tal qual são: a expressão da vontade dos
espíritos que as ditaram, buscando esclarecer os homens no conhecimento
imprescindível das coisas transcendentais que desconhecem. Tem dó deles que,
aferrados aos seus próprios pensamentos, apegados às suas próprias ideias, aos
seus preconceitos arraigados, olham com pequena fé as revelações que os seus
bondosos guias reconhecem ser tempo de lhes fazer conhecer.
Desejas ter um meio ao teu alcance para
tocar-lhes o entendimento de tal forma, que sejam levados docilmente a aceitar de coração aberto às verdades das manifestações que te são dadas espontaneamente.
Mas... Ouve: Para amar é preciso sentir antes de tudo: Quem sente, ama; quem ama,
aspira; quem aspira, alcança...
Não são eles culpados de ainda não
poderem alcançar, quando, coitados, ainda não sabem sentir...
Distinguir uma comunicação
verdadeira de uma manifestação leviana... Acaso não sabes tu distinguir entre a
flor artificial e a flor da natureza, qual é de fato flor? Por mais hábil que
seja o artista em fabricar as pétalas delicadas de uma rosa, as folhas
graciosas que a circundam, a elegância airosa com que se pendura do hastil,
jamais se lhe dará o aroma natural que a distingue das outras suas irmãs, de
forma a torna-la inconfundível entre as demais flores.
O artista fabrica a forma da flor,
mas não lhe pode dar o perfume natural, sutil, que é por assim dizer a alma da
flor... Da flor artificial não se evola o aroma que inebria as almas
sensíveis...
Assim distinguimos os que tem sentimento, entre mil – a comunicação que
é ditada pelos espíritos bons, os santos Guias. Elas vêm saturadas do seu amor,
da sua caridade, da sua verdade – e aquele cuja alma sensível vibra às
emanações destes eflúvios santos, reconhece no que ouve, no que lê, a palavra
inspirada nos mensageiros do Senhor. Oh! Quem sente não se pode enganar!... O
pobre coitado, porém, que não pode sentir, porque a sua alma ainda não está
identificada com essas vibrações suaves do Infinito, este não sabe distinguir
se é ou não a Verdade que tem diante dos olhos. É como o habitante inculto de
outros mundos, que não sabe distinguir entre o metal precioso e a imitação
grosseira desse mesmo metal. Tudo a seu tempo, porém.
Chegará a vez de todos, como vi,
pouco a pouco, chegando a vez de cada um. Não repentinamente, com violência se
efetua a evolução do homem, mas, paulatinamente, moderadamente. Importa que as
verdades eternas sejam pegadas em todos os mundos, recebendo cada um deles a
porção que as suas possibilidades lhes permitem receber.
Deus, em sua misericórdia infinita,
vai a todos concedendo a luz à medida que os fracos olhos a podem suportar;
assim também, pouco a pouco, os vai instruindo, conforme os seus entendimentos
estão na altura do conhecimento que lhes quer fornecer.
A Terra ouvirá a voz dos mensageiros
do Senhor, que lhe trará novas revelações, que dantes não lhe podiam ter sido
feitas, em razão do atraso de espírito. É necessário, portanto, que os
portadores dessas revelações se façam ouvir e eles encontrarão meio de o fazer.
Felizes os que não endurecem os seus
ouvidos ao clarim que os desperta para a luta contra os erros e preconceitos do
sectarismo. TUDO POR CRISTO! É a divisa do Alto. Este é o lema dos grandes mundos que divisas como um
ponto de luz no azul do firmamento e em todos os mundos superiores, que não
podem os vossos olhos alcançar, nem com o auxílio dos mais adiantados
instrumentos de que dispõem os vossos observadores. TUDO POR CRISTO!
Pedi-lhe, pois, incessantemente,
que, tocando os corações dos vossos irmãos neste planeta, os faça começar a
sentir, para que sentindo, amem, e amando vibrem ao receber as instruções que
em seu favor baixam do seio do Pai, por intermédio dos seus Mensageiros. Paz à
Terra!
Assina: Max (Bezerra de
Menezes)
Fonte: “Do Além”, 2º fasc. CV, 4 de setembro de 1922
Livro: “Tudo por Cristo!” Comunicações recebidas
por Adelaide Câmara (Aura Celeste)
Edição: Pongetti / Fundo de Publicações AMARO CÂMARA – 1960 - Asilo Espírita João Evangelista
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