Filhos e Servos / Conhecereis a Verdade...
8,30 Tendo
proferido estas palavras, muitos creram Nele.
8,31 E Jesus disse aos judeus que creram Nele:
“- Se permanecerem na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos,
8,32 E conhecereis a verdade e a verdade
vos libertará”
8,33 Replicaram-Lhe: -Somos
descendentes de Abraão e jamais fomos escravos de ninguém. Como entender o -Sereis livres?
8,34 “ - Em verdade, em
verdade vos digo, todo homem que se entrega ao erro é seu escravo. 8,35 Ora, o
servo não fica para sempre na casa; mas o Filho fica para sempre. 8,36 Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis
verdadeiramente livres!”
Para Jo
(8,32) -Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará - leiamos “Fonte Viva” (Ed. FEB):
“A palavra do Mestre é clara e segura.
Não seremos libertados pelos
“aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores
no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos.
Muitos, em política, filosofia,
ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta
desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do
“ponto de vista”. Muitos
aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe
os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na
atividade incessante do Eterno Bem.
Penetrá-la é compreender as
obrigações que nos competem. Discerni-la é renovar o próprio entendimento e
converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor.
Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.
Conhecer, portanto, a verdade é
perceber o sentido da vida. E perceber o
sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Observa, desse modo, a tua
posição diante da Luz... Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade,
fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age
mais e fala menos.”
Para Jo
(8,35), -Filhos e Servos -
tomemos “Caminho, Verdade e Vida” (Ed.
FEB):
“Na sua exemplificação, ensinou-nos Jesus como alcançar o título de filiação a
Deus.
O trabalho ativo e incessante, o
desprendimento dos interesses inferiores do mundo, a perfeita submissão aos
desígnios divinos, constituíram traços fundamentais
de suas ligações na Terra.
Muitos homens, notáveis pela
bondade, pelo caráter adamantino, sacerdotes dignos e crentes sinceros, poderão
ser dedicados servos do Altíssimo. Mas o
Cristo induziu-nos a ser mais alguma coisa. Convidou-nos a ser filhos,
esclarecendo que esses ficam “para sempre na casa”. E os servos? Esses, muita vez, experimentam modificações. Nem
sempre permanecerão, ao lado do Pai.
Mas, não é a Terra igualmente uma
dependência, ainda que humilde, da casa de Deus? Aí palpita a essência da lição. O Mestre aludiu aos servos
como pessoas suscetíveis de vários interesses próprios. Os filhos, todavia,
possuem interesses em comum com o Pai.
Os primeiros, servindo a Deus e a si
mesmos, porque como servidores aguardam remuneração, podem sofrer ansiedades,
aflições, delírios e dores ásperas.
Os filhos, porém, estão sempre “na
casa”, isto é, permanecerão em paz, superiores às circunstâncias mais duras,
porquanto reconhecem, acima de tudo, que pertencem a Deus.”
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