Diante daqueles a quem socorres, não
admitas que a caridade seja prerrogativa unicamente de tua parte.
Enumera os bens que recolhes
daqueles a quem amparas.
Habitualmente doamos aos
companheiros necessitados algo do que nos sobra, deles recebendo muito do que
nos falta.
É preciso não esquecer que da pessoa
a quem assistimos obtemos benefícios substanciais, como sejam: a verificação de
nossas próprias vantagens; o conhecimento das responsabilidades que nos
competem, à frente dos outros; o aviso salutar, com relação aos deveres que nos
cabem, na preservação dos bens da vida; a paciência com os nossos obstáculos e
males menores; o ensinamento da provação com que somos defrontados; a
aquisição de experiência; as vibrações de simpatia; o auxílio que recebemos
para sustentar mais amplo auxílio aos outros; o consolo nos sofrimentos que,
porventura nos
fustiguem; o crédito moral que se registra, a nosso favor, na memória dos
espíritos encarnados e desencarnados que amparam a criatura em crises e empeços
maiores que os nossos.
Serve a benefício dos semelhantes,
tanto quanto possas e como possas, em bases da consciência
tranquila, sempre que encontres o próximo baldo de equilíbrio, espoliado de
esperança, sedento de paz ou cansado de angústia, nas trilhas do cotidiano,
porque a caridade é sempre maior nos dividendos para aquele que dá. Por isso
mesmo, temos no Evangelho do Senhor a advertência inesquecível: “mais vale dar
que receber.”
O Assistido
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Maio 1970
Nenhum comentário:
Postar um comentário