Entre nós
Casimiro Cunha
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Julho 1951
Coração que não se abre
À sementeira do amor
Não guarda com segurança
A luz do Consolador.
Muita leitura sem obras
De ensino e consolação
Traz a flor parasitária
Da inútil conversação.
Desalento choramingas
Em pranto sempre a correr
Expressa, frequentemente,
Muito serviço a fazer.
Comentários contra ingratos,
Verbo amargoso e violento,
São tristes revelações
Do anseio de isolamento.
Discursos sem caridade -
- Fraternidade sem portas -
Tribunas que não se amparam,
São sinais de fontes mortas.
Fadiga de todo instante,
Chorosa, escura e sediça
Traduz, sem contestação,
Fragilidade e preguiça.
Cabeça muito ilustrada
Sobre a vida em calmaria
É uma urna lavrada em ouro,
Muito nobre, mas vazia.
Entusiasmo eloquente
Sem atos de amor cristão
É fogo de palha seca.
Em bolhas de água-sabão.
Sublime conhecimento
Distanciado do bem
É tesouro enferrujado
Que não ajuda a ninguém.
Banquetes da inteligência
Sem Jesus suprindo a mesa.
São brilhos da força bruta
Em pedras da natureza.
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