Emoção
e Raciocínio
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Maio 1962
Para distrair-se, ao longo da praia,
o viajante se contenta com leve e frágil canoa de madeira; contudo, na
travessia do mar, requisita o concurso do aço, na sustentação dos grandes
navios.
A fim de tão somente alfabetizar-se,
o estudante roga apenas algumas semanas; no entanto, para senhorear os recursos
especializados de uma profissão liberal, gasta quase toda a existência.
Para alimentar-se, no espaço de
algumas horas, a criatura pode valer-se da alface de poucos dias; mas, se
deseja apoiar a oficina em que se educa, solicita o favor da peroba que exige
muitos anos para desenvolver-se.
A fim de brincar num circo, o homem
utiliza estacas, à flor da terra, em galpões de emergência; entretanto, ao
erguer a casa de moradia, recorre ao prestígio da pedra, na garantia dos
alicerces.
Viver bem, segundo a emoção, na
superfície das coisas, é atividade comum.
Viver para o bem, na profundeza do
raciocínio, é obra de raros.
Arma-te de energia, se aspiras a
vencer a sombra em ti mesmo.
Ninguém constrói caminhos de paz e
luz, sem a firmeza da fé sobre a constância da paciência.
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