Melquisedec
Mínimus (A. Wantuil)
Reformador
(FEB) Abril 1947
Diz-nos
Gênesis (XIV -18 :20) que
Melquisedec, rei de Jerusalém e sacerdote do Deus AItíssimo, abençoou a Abraão,
deu-lhe pão e vinho e dele recebeu o dízimo.
Em
seu Salmo CX-4, David profetizou a vinda do Messias, apresentando-o como
sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.
S.
Paulo; em sua Epístola aos Hebreus (V a IX), repetidamente nos fala sobre
Melquisedec, comparando-o ao Cristo e dizendo que muitas outras coisas não
poderiam ser explicadas a respeito, porque os homens ainda não as poderiam
ouvir, afirmando, porém, que Melquisedec não teve genealogia, sendo sem pai,
sem mãe, e que não teve princípio de dias nem fim de vida, porque foi feito
semelhantemente ao Cristo.
Mais
tarde, surgiu a seita dos Melquisedecianos, cujos teólogos o tinham como um ser
extraterreno, um anjo, opinião esta posteriormente apoiada por vários autores
católicos.
Ora,
diante da resposta do Espírito de São Luiz a Allan Kardec (*), de que existiam
na
Bíblia exemplos de agêneres, lembramo-nos de que,
além do fato relatado no "Livro de Tobias", também Melquisedec
tivesse sido um agênere, e, pelo que dele consta, um agênere de altíssima
categoria espiritual.
Os
fatos aí estão. Diz-nos Paulo que só os compreenderemos quando nos tornarmos
menos negligentes. Esforcemo-nos, pois.
(*) V. Revue Spirite, Fevereiro' de 1859, páginas 36 a 41, ou Reformador, Janeiro de 1947, páginas 1 a
4.
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