A inquietação que nos agita a alma, nestes
momentos decisivos de transição espiritual, é um dos sinais dos tempos novos,
marcando o compasso da grande evolução da Humanidade.
Cada
criatura - em todas as latitudes mentais - sente no imo d’alma essa vaga
intuição de que o mundo humano caminha inexoravelmente para outros horizontes,
ao encontro de outros panoramas.
A
intuição, porém, algumas vezes é deformada no mundo das emoções individuais,
gerando, então, essa multiplicidade de almas angustiadas que se desnorteiam,
desejando algo diferente - incapazes, todavia, de definir para si mesmas o que
realmente almejam.
O
Evangelho, no centro desses embates, é aquele roteiro único e seguro, o caminho da nova vida.
O
homem que não se banha na luz do Cristo, nele acolhendo o inovador da existência, sofre e chora, qual nau sem rumo ao
sabor das tempestades.
Por
mais se atirem contra o Evangelho os filhos do negativismo, a sua refrega
verbal não chegará jamais a adulterar o divino determinismo da evolução.
Milhões
de braços, unidos com o propósito de sustar o movimento do Universo, não
impediriam o astro maior de ressurgir no horizonte, para madrugadas de luz
sobre os campos que a loucura bélica lava de sangue.
Inevitável
o novo dia do Cristianismo.
Ele
renasce de alma em alma; de criaturas simples a criaturas simples, aprestando o
próprio coração, para que aí se instale o Reino de Deus.
Empenhemo-nos,
pois, ardorosamente, em todos os trabalhos da seara do Senhor, a fim de
abreviarmos os dias da amargura que campeia sobre a Terra.
Corporifiquemos
o mundo de amanhã, no mundo de hoje, através da caridade efetiva em todos os
lugares em que nos encontremos. Se o mundo dementado roga por vida nova, a nova
vida que já existe em nós deverá externar-se a benefício de muitos.
Transformações
J. Alexandre
Reformador
(FEB) Novembro 1972
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