Mulher
Doente, Encurvada
/ Culto
ao Sábado
13,10 Estava Jesus ensinando na Sinagoga em um
sábado. 13,11 Havia, ali, uma mulher que, havia 18 anos,
era molestada por um espírito de enfermidade que a mantinha doente: Andava curvada, e,
não podia, absolutamente, erguer-se. 13,12 Ao
vê-la, Jesus chamou-a
e disse-lhe: “-Estás livre da tua enfermidade!” 13,13 Impôs-lhe as mãos e, no mesmo instante, ela
se indireitou, glorificando a Deus. 13,14 Mas, o sacerdote, indignado de ver
que Jesus curava no sábado, disse ao povo. -São seis os dias em que se deve
trabalhar; vinde, pois, nestes dias para vos curar, mas não em dia de sábado.
13,15“ -Hipócritas!” disse-lhes o
Senhor. “-Não desamarra cada um de vós, no sábado, o seu boi ou o seu jumento
para os levar a beber? 13,16 Esta filha
de Abraão, doente há dezoito anos, não
devia ser livre desta
prisão, em dia de
sábado?” 13,17 Ao proferir estas palavras, todos os seus
adversários se encheram de confusão, ao passo que todo o povo, à vista de todos
os atos que Ele praticava,se entusiasmava.
Para
Lc (13,10-13) -Mulher Doente, Encurvada - cabe recorrer a Antônio Luiz Sayão, em
“Elucidações Evangélicas”:
“Os judeus atribuíam a satanás, isto é, aos espíritos tudo o que não podiam compreender,
nem explicar. Daí o empregarem muitas vezes o termo “possessão” referindo-se a casos que eram apenas de “doente”.
O de que falam os versículos acima
era um destes, de simples doença. Verifica-se isso, notando-se
o seguinte: ao passo que o Evangelista, de acordo com o modo de ver de então e
usando da linguagem então corrente, diz que a mulher estava possessa de um “espírito de enfermidade” -spiritum
infirmitatis - Jesus, quando se lhe dirige, apenas diz: Mulher, estás livre da tua enfermidade -
“ab infirmitate tua”. Entretanto, quando o caso era de possessão, isto é,
de obsessão, de subjugação, Ele intimava o Espírito a que se afastasse.”
Para
Lc (13,14-17)
-Culto do Sábado - recorremos, ainda, a
Antônio Luiz Sayão, em
“Elucidações Evangélicas”:
“O
sábado, Moisés o instituiu como meio de refrear a avareza, a cobiça, a ambição
e a desumanidade dos senhores de escravos e de animais, que lhes não permitia
descansar das fadigas do trabalho cotidiano.
“O sábado foi feito em contemplação do homem e não o homem em
contemplação do sábado”, como diz Marcos (2,27). Sua instituição
representava uma medida útil, pois que destinada a proteger o corpo do
esgotamento resultante do excesso de trabalho. Com esse único objetivo, é claro
que de nenhum modo criava embaraço ou impedia a prática do bem. Como, pois, se
poderia pretender defesa a de uma ação benfazeja, qual a de livrar um obsidiado
das garras do seu obsessor, ou, como disse Jesus, libertar dos laços de satanás
uma filha de Abraão?
Note-se, porém, que o divino Mestre
usou dessas expressões, não porque se tratasse de um caso de possessão, ou
subjugação, por parte de espírito das trevas, mas, pois que assim o supunham
todos, para que o seu ato fosse mais facilmente aceito, visto que, conforme
ficou explicado na lição acima, o caso era de moléstia de enfermidade.”
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