...o reconhecimento
oficial da existência do Espírito será um acontecimento de tamanha repercussão,
que por muito tempo ainda haverá hesitação e contramarchas. Mesmo porque, basta
que um cientista de reconhecido valor admita a verdade espírita - como tantos o
têm feito no passado - para que passe a ser olhado com desconfiança pelos
colegas e seja até expulso das Academias e organizações científicas. Esse é o
processo de que se tem socorrido a ciência oficial para “lavar as mãos” nos
casos em que elementos de vulto da sua equipe se pronunciam em favor da
realidade espiritual. Fenômeno curioso, esse! Homens como Crookes, Varley,
Oliver Lodge e muitos outros foram tidos como expoentes incontestáveis de suas
especialidades até o dia em que se pronunciaram afirmativamente sobre a
realidade do Espiritismo. Daí em diante caíram em desgraça entre muitos de seus
colegas intransigentes. Agora uma pergunta: é admissível que o prodigioso
cérebro desses homens tenha deixado de funcionar de repente, só porque
reconheceram uma verdade evidente? Jamais. Antes, ao contrário, a partir
daquele momento é que mais se lhes aclararam os fatos, que passaram a
compreender os pontos obscuros da Ciência, que começaram a encontrar
explicações lógicas, aceitáveis para o que antes lhes parecia sobrenatural,
misterioso; inexplicável.
Hermínio Miranda
Trecho de artigo sob título ‘Lendo e Comentando’
in ‘Reformador’ (FEB) Julho 1961
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