Dois ou Três
reunidos
em
Meu nome...
18,19 “Em
verdade vos digo que se dois dentre vós, sobre a Terra, concordarem a respeito
de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que
está nos céus;
18,20
Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles.”
Para Mt (18,20)
-Dois ou três reunidos
em Meu Nome -, encontramos a palavra de Kardec, no Cap. XI
de “O Evangelho...”, na parte que se
refere às Instruções dos Espíritos, que nos diz do amor de Cristo a seus irmãos
menores, através do espírito Sanson
(Paris, 1863). Reproduzimo-la, em parte:
“... Amar, no sentido profundo da
palavra, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que se
quereria para si mesmo; é procurar ao redor de si o sentido íntimo de todas as
dores que oprimem vossos irmãos, para abrandá-las; é encarar a grande família
humana como a sua, porque essa família, vós a encontrareis, em certo período,
em mundos mais avançados, e os espíritos que a compõem são, como vós, filhos de
Deus destinados a se elevarem ao Infinito. É por isso que não podeis recusar
aos vossos irmãos o que Deus vos deu livremente, visto que, a vosso turno,
estaríeis bem contentes se vossos irmãos vos dessem do que tivésseis
necessidade. A todos os sofrimentos, pois, uma palavra de esperança e de apoio,
a fim de que sejais todo amor, todo justiça. ”
Para
Mt (18,20) -Dois ou Três Reunidos em Meu Nome - busquemos, também, a palavra de André Luiz,
por Waldo Vieira, em “Conduta Espírita”:
“Conduta Espírita no Templo...
-Entrar pontualmente no templo
espírita para tomar parte das reuniões, sem provocar alarido ou perturbações. O
templo é local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores.
-Dedicar a melhor atenção aos
doutrinadores, sem conversação, bocejo ou tosse barulhenta, para que seja
mantido o justo respeito ao lar de oração. Os atos da criatura revelam-lhe os
propósitos.
-Evitar aplausos ou manifestações
outras, as quais apesar de interpretarem atitudes sinceras, por vezes geram
desentendimento e desequilíbrios vários. O silêncio favorece a ordem.
-Com espontaneidade, privar-se dos
primeiros lugares no auditório, reservando-os para visitantes e pessoas
fisicamente menos capazes. O exemplo do bem começa nos gestos pequeninos.
-Coibir-se de evocar a presença de
determinada entidade, no curso das sessões, aceitando, sem exigência, os
ditames da Esfera Superior no que tange ao bem estar geral. A harmonia dos
pensamentos condiciona a paz e o progresso da todos.
-Acostumar-se a não confundir
preguiça ou timidez com humildade, abraçando os encargos que lhe couberem, com
desassombro e valor. A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos.
-Desaprovar a conservação de
retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta
de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos. Os aparatos exteriores têm cristalizado a fé
em todas as civilizações terrenas.
-Oferecer a tribuna doutrinária
apenas a pessoas conhecidas dos irmãos dirigentes da Casa, para não
acumpliciar-se, inadvertidamente, com pregações de princípios estranhos aos
postulados espíritas. Quem se ilumina, recebe a responsabilidade de preservar a
luz.
-Nas reuniões doutrinárias, jamais
angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou vendas de tômbolas, à
vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser
tomados à conta de pagamento de benefícios. A pureza da prática da Doutrina
Espírita deve ser preservada a todo custo.”
Para
Mt (18,19),- Em equipe Espírita
- temos,
ainda, de “Segue-me!”, de Emmanuel por Chico Xavier:
“Aceitar-nos na condição de obreiros
chamados por Jesus a servir e servir.
Compreendermo-nos em lide como sendo
uma só família na intimidade do lar, esquecendo-nos pelo rendimento da obra.
Acreditar -mas acreditar mesmo- que nada
conseguiremos de bom, perante o Senhor, sem humildade e paciência, tolerância e
compreensão, uns diante dos outros.
Situar a mente e o coração na lavoura do bem
comum.
Fazer o que se deve, mas prestar
apoio discreto e desinteressado aos companheiros na desincumbência das
responsabilidades que lhes competem.
Associar-nos ao esforço geral do grupo
no cumprimento do programa de ação, traçado a benefício do próximo, sem esperar
pedidos ou requisições de concurso fraterno.
Observamos, todos nós, que nos
achamos na Seara de Jesus, não porque aí estejam laços queridos ou almas
abençoadas de nosso tesouro afetivo, a quem desejamos agradar e a quem
realmente devemos ajudar, quanto nos seja possível, mas, acima de tudo, para
trabalhar por nós e para nós mesmos, aproveitando as novas concessões que o
Senhor nos fez por acréscimo de misericórdia, a fim de que se nos melhore o
gabarito espiritual nos empreendimentos de resgate e elevação.
Caminhar para frente,
desculpando-nos com entendimento mútuo quanto às próprias fraquezas, sem
melindres e sem queixas que apenas redundam em complicações e perda de tempo.
Agir e servir sem menosprezar as
tarefas aparentemente pequeninas, como sejam: colaborar na limpeza, transmitir
um recado, ouvir atenciosamente os irmãos mais necessitados que nós mesmos, ou
socorrer uma criança. Cada um de nós - na equipe de ação espírita - é peça
importante nos mecanismos do bem.
Jamais esquecer-nos de que o maior
gênio não consegue realizar-se sozinho e que, por isso mesmo, Jesus nos trouxe à edificação do Reino de
Deus, valorizando o princípio da interdependência e a lei da cooperação.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário