quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Dois ou três reunidos em Meu nome...


Dois ou Três 
reunidos em
Meu nome...

18,19 “Em verdade vos digo que se dois dentre vós, sobre a Terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus;
18,20 Porque onde estiverem  dois ou três  reunidos em meu nome, aí estou Eu           no meio deles.”

          Para Mt (18,20) -Dois ou três reunidos em Meu Nome -,  encontramos a palavra de Kardec, no Cap. XI de   “O Evangelho...”, na parte que se refere às Instruções dos Espíritos, que nos diz do amor de Cristo a seus irmãos menores, através  do espírito Sanson (Paris, 1863). Reproduzimo-la, em parte:
                       
            “... Amar, no sentido profundo da palavra, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que se quereria para si mesmo; é procurar ao redor de si o sentido íntimo de todas as dores que oprimem vossos irmãos, para abrandá-las; é encarar a grande família humana como a sua, porque essa família, vós a encontrareis, em certo período, em mundos mais avançados, e os espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus destinados a se elevarem ao Infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus vos deu livremente, visto que, a vosso turno, estaríeis bem contentes se vossos irmãos vos dessem do que tivésseis necessidade. A todos os sofrimentos, pois, uma palavra de esperança e de apoio, a fim de que sejais todo amor, todo justiça. ”

            Para Mt (18,20) -Dois ou Três Reunidos em Meu Nome - busquemos, também, a palavra de André Luiz, por Waldo Vieira, em “Conduta Espírita”:              

Conduta Espírita no Templo...

            -Entrar pontualmente no templo espírita para tomar parte das reuniões, sem provocar alarido ou perturbações. O templo é local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores.

            -Dedicar a melhor atenção aos doutrinadores, sem conversação, bocejo ou tosse barulhenta, para que seja mantido o justo respeito ao lar de oração. Os atos da criatura revelam-lhe os propósitos.

            -Evitar aplausos ou manifestações outras, as quais apesar de interpretarem atitudes sinceras, por vezes geram desentendimento e desequilíbrios vários. O silêncio favorece a ordem.

            -Com espontaneidade, privar-se dos primeiros lugares no auditório, reservando-os para visitantes e pessoas fisicamente menos capazes. O exemplo do bem começa nos gestos pequeninos.

            -Coibir-se de evocar a presença de determinada entidade, no curso das sessões, aceitando, sem exigência, os ditames da Esfera Superior no que tange ao bem estar geral. A harmonia dos pensamentos condiciona a paz e o progresso da todos.

            -Acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade, abraçando os encargos que lhe couberem, com desassombro e valor. A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos.

            -Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos.  Os aparatos exteriores têm cristalizado a fé em todas as civilizações terrenas.

            -Oferecer a tribuna doutrinária apenas a pessoas conhecidas dos irmãos dirigentes da Casa, para não acumpliciar-se, inadvertidamente, com pregações de princípios estranhos aos postulados espíritas. Quem se ilumina, recebe a responsabilidade de preservar a luz.

            -Nas reuniões doutrinárias, jamais angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou vendas de tômbolas, à vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento de benefícios. A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo custo.” 


            Para Mt (18,19),- Em equipe Espírita - temos, ainda, de “Segue-me!”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Aceitar-nos na condição de obreiros chamados por Jesus a servir e servir.

            Compreendermo-nos em lide como sendo uma só família na intimidade do lar, esquecendo-nos pelo rendimento da obra.

             Acreditar -mas acreditar mesmo- que nada conseguiremos de bom, perante o Senhor, sem humildade e paciência, tolerância e compreensão, uns diante dos outros.

             Situar a mente e o coração na lavoura do bem comum.

            Fazer o que se deve, mas prestar apoio discreto e desinteressado aos companheiros na desincumbência das responsabilidades que lhes competem.

            Associar-nos ao esforço geral do grupo no cumprimento do programa de ação, traçado a benefício do próximo, sem esperar pedidos ou requisições de concurso fraterno.

            Observamos, todos nós, que nos achamos na Seara de Jesus, não porque aí estejam laços queridos ou almas abençoadas de nosso tesouro afetivo, a quem desejamos agradar e a quem realmente devemos ajudar, quanto nos seja possível, mas, acima de tudo, para trabalhar por nós e para nós mesmos, aproveitando as novas concessões que o Senhor nos fez por acréscimo de misericórdia, a fim de que se nos melhore o gabarito espiritual nos empreendimentos de resgate e elevação.

            Caminhar para frente, desculpando-nos com entendimento mútuo quanto às próprias fraquezas, sem melindres e sem queixas que apenas redundam em complicações e perda de tempo.

            Agir e servir sem menosprezar as tarefas aparentemente pequeninas, como sejam: colaborar na limpeza, transmitir um recado, ouvir atenciosamente os irmãos mais necessitados que nós mesmos, ou socorrer uma criança. Cada um de nós - na equipe de ação espírita - é peça importante nos mecanismos do bem.


            Jamais esquecer-nos de que o maior gênio não consegue realizar-se sozinho e que, por isso mesmo,  Jesus nos trouxe à edificação do Reino de Deus, valorizando o princípio da interdependência e a lei da cooperação.”    

Nenhum comentário:

Postar um comentário