O Padre e a Jovem
Saiu em ‘O Globo’ de 4 de dezembro de 1996 (pág. 10):
“O reitor do Seminário Diocesano de Maceió, padre E..., de 60 anos, flagrado sábado com a adolescente C., de 15 anos, num motel de Maceió, mentiu para os comissários de menores...”
“...Procurada, a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) não quis se pronunciar.”
Ao padre, a justiça divina. Aos padres, a palavra de outro padre. Germano foi o nome de que ele se utilizou no belíssimo livro de Amália Domingo Soler, editado pela FEB, sob título “Memórias do Padre Germano” onde se lê (pág. 80 da 17ª Edição):
“-Então, para que servem os sacerdotes?
-Quando bons, para consolar e instruir a Humanidade, para incitar o homem no progresso eterno da vida, para conduzi-lo pelo caminho mais curto à terra prometida. Dia virá, porém, em que os sacerdotes não serão necessários, porque todo homem cumprirá o seu dever e esse é o verdadeiro sacerdócio; não obstante, enquanto não chega esse dia formoso, um certo número de homens, votados ao estudo e às práticas piedosas, serão um freio para os povos, tanto quanto, às vezes, um motivo de escândalo, porque em nossa mal constituída sociedade os extremos quase sempre se tocam.”
À página 180, lemos ainda:
“E que é um sacerdote? Um homem dedicado e consagrado a praticar, celebrar e oferecer os sacrifícios a Deus; o ungido, o ordenado, o sábio nos mistérios, o homem exemplar que, qual espelho convexo, tem de atrair ao seu centro os raios luminosos de todas as virtudes.”
Não foi assim que aconteceu. A definição do bom Padre Germano não se enquadra. Que pena...
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