Alma e corpo
Emmanuel por
Chico Xavier
Reformador
(FEB) Maio 1955
Não nos esqueçamos de que o corpo na Terra é
o filtro vivo de nossa alma.
Nossos pensamentos expressar-se-ão, segundo
sentimos, tanto quanto nossos atos serão exteriorizados, conforme pensamos.
Todos os processos emocionais de
nosso coração atingem o cérebro, de onde se irradiam para o campo das
manifestações e das formas.
Sensações e atitudes mais íntimas se
mostram, invariavelmente, em nossa vida de relação.
A gula produz a deformidade física.
O orgulho estabelece a neurastenia
sistemática.
A vaidade conduz, apressadamente, à loucura.
A cólera dá origem à congestão e à apoplexia.
O ciúme arrebata ao ridículo.
A maldade encontra sempre a casa
escura do crime.
A inveja situa o homem na preguiça e na
maledicência.
O desânimo alimenta o caruncho da inutilidade.
A ignorância faz a miséria.
A tristeza prolongada deixa na alma o cupim
das moléstias indefiníveis.
O vício gera monstruosidades.
Os hábitos deploráveis trazem a antipatia
em torno de quantos a eles se afeiçoam.
A paixão, não raro, conduz à morte.
Cada sentimento emite raios e forças
intangíveis que lhe são característicos.
Cultivemos, assim, a bondade, a compreensão
e a alegria, porquanto nelas possuímos o manancial das energias de soerguimento
e elevação da nossa alma eterna para Deus, nosso Pai e
Misericordioso Senhor.
Nem corpo inteiramente mergulhado na Terra,
nem espírito integralmente absorvido na contemplação do firmamento.
A árvore produz para o mundo, sustentando a
vida, de raízes imersas no solo e de copa florida a espraiar-se em pleno céu.
Aprendamos com a Natureza.
A situação ideal será sempre a do
equilíbrio com a vigilância concentrada por dentro. Por isso mesmo, há muitos
séculos, já nos afirmava a profecia: - "Guardar com carinho e cuidado o
coração, porque realmente dele procedem as correntes da Vida."
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