21,1
Aproximou-se de Jerusalém. Quando chegaram a Betfagé, perto do monte das
Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos,
21,2 dizendo-lhes: “ -Ide à aldeia que está
defronte. Encontrareis, logo, uma jumenta amarrada e com ela seu filhote.
Desamarrai-os e trazei-os.
21,3 se alguém
disser qualquer coisa, respondei-lhe que o Senhor necessita dele e que Ele, sem
demora, os devolverá.”
21,4 Assim, neste
acontecimento, cumpria-se o oráculo do profeta:
21,5 “Direi à filha de Sião:
Eis que teu rei vem a ti, cheio de doçura, montado numa jumenta, num jumentinho,
filho de um animal de carga
(Zac 9,9).”
21,6 Os discípulos
foram e executaram a ordem de Jesus.
21,7 Trouxeram a
jumenta e o jumentinho, cobriram-nos com seus mantos e
fizeram-no montar.
21,8 Então, a
multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os
pela estrada;
21,9 e toda aquela multidão, que o precedia e
que o seguia, clamava: “Viva o filho de
Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Viva Deus no mais alto dos
céus!
21,10
Quando Ele entrou em Jerusalém, alvoroçou-se toda a cidade, perguntando:
-Quem é este? 21,11 A multidão respondia: - É Jesus, o profeta de
Nazaré da Galiléia.
Para Mt (21,10-11) -Jesus
entra em Jerusalém -
leiamos a Antônio
Luiz Sayão em “Elucidações
Evangélicas”:
“A cidade de Jerusalém se levantou em peso, comovida e surpresa, a
perguntar:
“-Este quem
é?” E a multidão que o acompanhava dizia:
É Jesus, o profeta de Nazaré, na Galiléia. Jesus nunca disse que era
Deus e seus discípulos só lhe atribuíram a divindade, depois de finda a sua
missão, tendo em vista os “milagres” por Ele realizados e o fato “miraculoso”
da sua ressurreição e das suas aparições em seguida a esta, não admitindo que a
outrem, senão somente a um Deus encarnado, fosse possível realizar tais
coisas.”
A
cerca do sempre discutido
tema dos “milagres”, achamos que vale a pena
reler aqui a palavra do Espírito São
Luiz, que responde a pergunta
formulada por Allan Kardec, em “O Livro
dos Médiuns”, Cap. IV:
“Pergunta XXV . Entre os fenômenos que se apontam como probantes da ação de uma
potência oculta, alguns há evidentemente contrários a todas as conhecidas leis
da Natureza. Nesses casos, não será legítima a dúvida?
É que o homem está longe de conhecer todas as
leis da Natureza. Se as conhecesse todas, seria Espírito superior. Cada dia que
se passa desmente os que, supondo tudo saberem, pretendem impor limites à
Natureza, sem que por isso, entretanto, se tornem menos orgulhosos.
Desvendando-lhe, incessantemente, novos mistérios, Deus adverte o homem de que
deve desconfiar de suas próprias luzes, porquanto dia virá em que a
ciência do mais sábio será confundida.
Não tendes todos os dias, sob os
olhos, exemplos de corpos animados de um movimento que domina a força da
gravitação? Uma pedra, atirada para o ar, não sobrepuja momentaneamente aquela
força? Pobres homens, que vos considerais muito sábios e cuja tola vaidade a
todos os momentos está sendo desbancada, ficai sabendo que ainda sois muito
pequeninos.”
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