‘Do
mercantilismo religioso- 1’
por Hermínio
C. Miranda
trechos de artigo
publicado sob título
‘Não tenho prata
nem ouro...’ in Reformador (FEB) Maio
1976
“Embora Mateus diga que (Jesus)se
dirigia apenas aos doze (10:5 e seguintes), Lucas informa que o discurso foi
endereçado aos 72 (10:1 e seguintes). Não importa, a mensagem é a mesma,
substancialmente: era preciso proclamar a toda criatura que o reino dos céus
vinha próximo. E mais:
- curar os enfermos, purificai os
leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios. Dai de graça o que de graça recebestes.
Que não levassem com eles mesmos
ouro nem prata nem cobre nem mesmo alforje, ou duas túnicas, sandálias, ou
bastão.
Jamais, porém, sua condenação do
mercantilismo religioso foi tão veemente como quando de sua entrada em
Jerusalém, ao expulsar os vendilhões e cambistas que estavam transformando a
casa do Pai em antro de ladrões. A posição foi tão vigorosa, que Marcos (11:18)
atribui a ela o inicio da trama para eliminar o jovem Rabi:
- E os escribas e príncipes dos
sacerdotes, tendo ouvido isto - escreve Marcos -, buscavam ocasião para o
matar, pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua
doutrina.
João acrescenta mesmo que ele tomou
de algumas cordas e fez um açoite para botá-los para fora do templo (2:15).
Não deixou ele dúvida alguma, pois,
de que o ministério da fraternidade jamais poderia ser convertido em fonte de
renda para alguém.
Não foi outra a posição assumida
pela Doutrina Espírita. Kardec dedica o capítulo 26 de "O Evangelho
segundo o Espiritismo" a esse tema, escrevendo, a certa altura:
- "Jesus expulsou do templo os
mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus
não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não
tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço." (Pág. 381,
da 64ª edição da FEB...”
(grifo do Blog)
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