Sonhos
Desde os anos mais tenros sonhas e esperas. Que radiosos castelos de esperanças ergueste nas florações da juventude! Com que frenesi te moveste no trabalho e no cultivo dos ideais, ao calor da madureza realizadora e vigorosa! E como ainda agora, nas luzes esmaecidas do crepúsculo que te acaricia, ergues ao firmamento uma muda interrogação, suplicando, sem palavras, uma resposta da vida!
Aquieta, meu filho, o coração; repousa a mente no regaço divino e espera, sem datas e termos.
A prudência da celeste sabedoria não se apressa. O rio do tempo corre sem preocupação e sem tardança para o mar da eternidade.
Inexistem fronteiras para a evolução ou prazos para a felicidade.
Tranquiliza-te e caminha.
De repente, quando menos esperares, a suprema ventura te envolverá e acordarás nos seus braços sublimes, resplendentes de luz.
Letícia
por Hernani T. Sant’Anna
in “Em busca da Verdade” (1ª Ed. Auta de Souza – 1996)
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