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domingo, 20 de março de 2011

07/50 'Crônicas Espíritas'




7CM

            Quanto ao dogma da “Imaculada Conceição da Virgem Maria”, 
meu caro padre Dubois, 
este é talvez o único que está próximo da verdade. 
No entanto, como tudo que é obra da Igreja, não deixa de ter o estigma do erro.
            Segundo a Igreja, a Imaculada Conceição é um privilégio
em virtude do qual ela, Maria, era isenta, 
no momento mesmo da sua concepção,
 da mácula do pecado original.


            O erro consiste em a Igreja se apegar ao tal pecado original
que não passa de um meio de ganhar dinheiro. 
Se, segundo afirma a Igreja, a alma é criada para o corpo,
 por Deus, ela não pode nascer com pecado, 
pois que das mãos do Criador nada pode sair maculado e, 
se o pecado é da carne, o que seria absurdo, 
nada tem com isso o Espírito que acaba de ser criado.
            Segundo a “Revelação da Revelação”, a gloriosa Virgem é,
 relativamente ao nosso planeta, o segundo Espírito em estatura moral, 
sendo o primeiro Jesus. Ela foi concebida sem pecado, 
porque imaculada se conservou desde a sua criação, 
ao contrário de nós que somos os Espíritos caídos.
 O privilégio que lhe foi outorgado para representar
 a mãe de Jesus na Terra é só e unicamente devido ao seu grande amor,
 que é apanágio seu, adquirido pelo seu próprio esforço 
e de acordo com a lei: “a cada um segundo as suas obras”.
            Aqui transcrevo, para o amigo apreciar, o que o Espírito de Celina
 (Mensageira da Virgem) deu em nosso grupo
 no dia da comemoração do nascimento de Maria:

            “O Misericordioso Deus,
 baixando os olhos à mísera Humanidade, 
viu que grandes eram suas dores – 
que, nesse concerto de gemidos palpitantes, 
necessidade de consolação havia.
            “Deus viu isso e apiedou-se – Nasceu Maria.
            “Viu o Senhor que as plantas todas que nasciam
 em nossa mísera Terra de espinhos, 
todas vinham eriçadas, 
com os seus perfumes pálidos, 
como dos homens as suas esperanças:
            “Deus apiedou-se da falta de suas flores,
 pensou na rosa imarcescível de pureza – Nasceu Maria.
            “Uma negra noite tombara sobre a existência do homem: 
seu caminhar era incerto, 
de abrolhos os seus caminhos eram juncados, 
então Deus pensou na luz do amor, e – Maria nasceu.
            “Quando nos campos da Terra os pastores cantavam, 
dos balidos das ovelhinhas acompanhados, 
as vozes de seus cantos eram confusas, 
e tão sem harmonia, que o Supremo Senhor d
eles apiedando-se, 
foi buscar as melodias do Céu, 
e lançando-se então à Terra – Nasceu Maria!
            “Felizes os que avaros sabem guardar 
na misericórdia o grão tesouro; 
a fé, a consolação e a esperança: 
todas são virtudes de Maria!
            “Feliz o que anda à carne preso; 
de seus erros sofrendo as conseqüências, 
pode o perfume aspirar da rosa da pureza, 
pode ouvir as célicas harmonias, 
pode fitar a estrela da manhã, 
e da eternidade o porto santo demandando, 
a se encontrar com Jesus!
            “Meus filhinhos recebam da Virgem puríssima
 as suas bênçãos. 
            “As vossas frontes aceitem de Celina
 um ósculo como de seus afetos a prova, 
e das suas esperanças, 
que nos novos discípulos de Jesus repousam.

            “Não tarda a hora da colheita, nós a sentimos. 
Nossos braços preparemos para os frutos atingirem, 
e, colhendo-os, entregá-los a Jesus.
            “Neste momento a Ele eu rogo, 
como das suas servas a mais humilde, 
que sobre vós descer faça suas bênçãos. 
Que imprima em vossos espíritos 
a coragem dos levitas do passado, 
que iam afrontando todos os tormentos, 
todas as dores para por toda parte 
levarem da Boa Nova a notícia. 
Celina

            Veja lá, meu caro padre Dubois, se, 
segundo afirma a Igreja, 
este mimo pode ser obra do demônio.


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