Mestre
e Aprendiz
Emmanuel
por Chico
Xavier
Reformador (FEB) Novembro 1955
...E respondendo ao discípulo que
lhe pedira ensinasse a orar, disse o Mestre generoso.
Quando rogares amor, não abandones o
próximo ao frio da indiferença.
Quando suplicares o dom da fé não relegues
teu irmão à descrença ou à tortura mental.
Quando pedires luz, não condenes teu
companheiro à perturbação nas trevas.
Quando solicitares a bênção da esperança
não espalhes o fel da desilusão.
Quando implorares socorro, não
olvides assistência que deves aos mais necessitados.
Quando rogares consolação, não veicules
desespero à margem do caminho.
Quando pedires perdão, desculpa os
que te ofendem.
Quando suplicares justiça, em favor
da própria segurança, não te descuides da harmonia de todos que precisas
assegurar ao preço de tua renunciação e de tua humildade, a benefício dos que
te cercam.
Se reclamas pela claridade da paz,
não estendas a sombra da discórdia; se pedes compreensão, não critiques; se
aguardas concurso do Céu, não menosprezes a colaboração que o mundo te pede à
boa vontade.
Assim como fizeres aos outros, assim
será feito a ti mesmo.
Segundo plantares, colherás.
Não olvides, assim, que a Vontade do
Senhor é também a Lei Eterna e que tudo te responderá
na vida, conforme os teus próprios apelos.
Vai, pois, e, orando, perdoa e ajuda
sem sempre! ...
Foi então que o aprendiz,
reconhecendo que não basta simplesmente pedir para receber a felicidade, passou
a construí-la através do serviço à felicidade dos outros, compreendendo, por fim,
que somente pelo trabalho incessante no bem poderia orar em perfeita comunhão
com a Bondade de Deus.
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