Discernimento
Editorial
‘Brasil Espírita’ Ano XXII Fev 1971
Suplemento do “Reformador” Fev 1971
O jovem espírita se encontra, mais
vezes que outrem, embaraçado diante de situações
que lhe propõem a tomada de atitudes decididas e criteriosas.
Fevereiro oferece uma dessas eventualidades,
em face dos folguedos carnavalescos. Muito jovem espírita, dado o seu meio e a
sua época, há de perguntar-se se, afinal, pode brincar no carnaval, ir ao
baile, do seu clube ou fantasiar-se.
Ora; este é um daqueles momentos em
que o espírita mostrará a si mesmo como vai
aprendendo os ensinamentos bebidos na fonte primorosa do Evangelho. Relembrará
que, de acordo com a Doutrina, não está proibido de nada, Se Deus lhe outorgou
o livre arbítrio, toda escolha lhe cabe. Claro que, para bem decidir, é preciso
conhecer e discernir; mas, isso também são faculdades que Deus lhe concedeu.
O Espiritismo é uma doutrina de
responsabilidade, uma vez que passamos a
saber
que nenhum de nós nasceu para ser teleguiado. O problema essencial, pois, é
ajuizar,
decidir. Logo, a questão é escolher o melhor, é optar pelo que convém; ou, pelo
que mais convém, isto é, pelo que se deve fazer.
Com o Espiritismo, aprendemos que, em
princípio, podemos fazer tudo. Felizmente,
aprendemos também que; para nosso bem, nem tudo deve ser feito. O jovem
espírita, portanto, pode" fazer tudo o que bem entenda; mas há de saber
também evitar tudo o que não lhe convém. Assim; estará se felicitando com a assimilação
daquela preciosa sentença de Paulo: “Tudo me é lícito, mas, nem tudo me convém.”
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