Vigilância Evangélica
- 2
por Indalício Mendes
Reformador (FEB) Dezembro 1955
De que precisamos? De disciplina
evangélica, exercida ininterruptamente, quer nos pensamentos e nos atos, quer
na palavra falada e escrita. É muito fácil aparentar sabedoria e dizer ou
escrever coisas belas e edificantes. O difícil, porque é o que realmente vale,
é exemplificar e só a exemplificação pode conferir-nos a condição de espírita.
Muitas vezes julgamos estar firmando os passos no terreno e logo este foge sob
nossos pés, porquanto
nos
deixamos escorregar na invigilância. Orar e vigiar não é uma frase banal, mas
uma regra de conduta, uma advertência importante, nem sempre bem interpretada.
Se tivermos o mérito da tenacidade em busca do aperfeiçoamento moral e
espiritual, nosso esforço não terá sido em vão. Temos de vigiar, constantemente,
apoiando-nos na serenidade e na fé. Desesperar seria pior ainda que a fraqueza
de propósitos que estivermos revelando no transcurso
da jornada. A disciplina evangélica concede ao Espírito os recursos de que ele
carece para se manter no rumo certo. A vigilância, portanto, é um aspecto dessa
disciplina, tão útil ao fortalecimento moral. Muitas vezes, supomos andar com
segurança e ao primeiro ensejo nos apercebemos trilhando atalhos que desejaríamos
evitar! Entretanto, abençoamos os irmãos que compreendem o nosso desvio e nos
advertem da mudança de rumo. Isto constitui também uma forma de caridade, de
caridade muito fraterna, porque interessa intimamente ao nosso futuro
espiritual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário