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domingo, 1 de julho de 2012

i. Instruções dos Espíritos



 i. Instruções dos Espíritos
           

Limites da Encarnação


24. Quais os limites da encarnação?

             A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a Viver, o Espirito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.

            O próprio perispírito passa por transformações sucessivas, Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espiritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.

            Se se considerar do ponto de Vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores, Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.

            Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espirito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado.


                                   São Luís   ( Paris, 1859)


páginas 101-102  de
‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’ por
Allan Kardec
127ª Ed  FEB - 2007
Tradução de Guillon Ribeiro



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