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terça-feira, 28 de junho de 2011

"Eu sou Carlos Magno!"




    Eu sou Carlos Magno!..

   José Brígido*
 Reformador (FEB)  Novembro 1957
* Indalício Mendes
           
            O problema da reencarnação na vida humana é de superior importância. Ela explica muitas dúvidas e resolve muitos ‘porquês’ que preocupam a Humanidade. Esclarece a razão das desigualdades sociais, o motivo da diversidade da sorte, das dores, etc. A reencarnação é uma lei que promove a evolução do Espírito, na busca da perfeição incessante.
            Não se pense que o homem foi destinado à escravidão e ao sofrimento. Nada disto. O homem tem um destino mais belo e mais digno. Se ainda não o alcançou, deve-se à lentidão com que assimila a lei moral que rege as relações dos indivíduos e das coletividades entre si.
            A maldade, a inveja, o egoísmo, enfim, todos os defeitos do caráter humano são provas evidentes do atraso moral em que ainda nos encontramos. À medida que o homem for progredindo moralmente, sua concepção da vida irá mudando para melhor. Então, compreenderá que só o bem traz compensações benéficas ao espírito. A função do Espiritismo no mundo é justamente fazer o que não puderam realizar outras religiões. O Espiritismo, trazendo em si o programa reencarnacionista como elemento de progresso da Humanidade, apoia-se também no Evangelho de Jesus, para ensinar à Humanidade, de modo claro, sem sofisma, sem mistério, sem milagre, sem ofensa à razão, que em vez de ser algoz de seus semelhantes, deve o homem ser principalmente um irmão esclarecido e prestante.
            A reencarnação é a mais impressionante prova da sabedoria e da justiça de Deus. Na mais filosófica das línguas, o sânscrito, a reencarnação é denominada sansara. Tem um sentido mais lato, que talvez não possamos reproduzir no idioma que falamos. Os orientais, no entanto, referem-se a samsara com extremo respeito, porque sabem a extensão da lei e não desconhecem que todos estão irremediavelmente sujeitos às suas conseqüências.
            Graças ao Espiritismo, os ocidentais estão ficando mais elucidados acerca da reencarnação. Há alguns anos, apenas os povos do Oriente conheciam e pregavam a reencarnação. Para os ocidentais, isso não passava de fantasia, de pretexto para contos e poemas. Se ainda há países recalcitrantes no Ocidente, porque fiéis a dogmas estreitos, há outros de mentalidade mais maleável, que já vão aceitando os princípios reencarnacionistas, porque já podem entreabrir os olhos à forte luz da verdade revelada.
            Há também povos ou raças que, embora aceitando a reencarnação, não possuem uma idéia muito certa acerca dos deveres que todos temos de preservar a vida, porque penas pesadas e dolorosas atingem os espíritos que buscam a desencarnação por suas próprias mãos. Vamos dar um exemplo que serve, simultaneamente, para  ilustrar o que afirmamos. Os esquimós aceitam a reencarnação, mas desconhecem as provações que aguardam os suicidas. Quando um deles tem uma existência muito difícil ou infeliz, sem esperança de melhoria, procura uma família em boas condições para nela ingressar pela reencarnação.    Escolhido um casal de recém-casados, procura-o e pergunta-lhe se lhe permite ser seu primeiro filho. Se o casal concorda, por considerá-lo, apesar de tudo, pessoa de bom caráter, ele se dirige calmamente para determinada distância e então se suicida, acreditando convictamente de que seu espírito passará a fazer parte da família por ele escolhida.
            Naturalmente, quando os esquimós conhecerem a Doutrina Espírita, e isso poderá não estar tão longe quanto parece, saberão que o suicídio é contrário à lei, embora a reencarnação seja a expressão mais completa da justiça divina.
            Henry Ford, o famoso industrial norte-americano que revolucionou o programa de relações entre o capital e o trabalho, no período áureo de suas atividades de grande fabricante de automóveis, declarou, certa vez:
            “-Eu adotei a teoria da reencarnação quando completei vinte anos de idade. A religião não me oferecera nenhuma luz nesse sentido, pelo menos nada encontrei nela para me esclarecer. Não achava no trabalho algo que me desse completa satisfação. Todo trabalho é fútil quando não nos ajuda a utilizá-lo com o fim de acumular a experiência que nos conduz de uma vida para outra. Quando aceitei a teoria da reencarnação, foi como se tivesse descoberto um vasto programa universal, e cheguei à conclusão de que o momento para meditar sobre as minhas idéias estava ao meu alcance. O tempo já não me parecia limitado a deixei de ser um escravo do relógio. Havia tempo para planejar e criar idéias novas. A descoberta da reencarnação pôs meu cérebro à vontade. Era um problema resolvido. Senti imediatamente que a ordem das coisas era progressiva e estava sempre presente quando me aprofundava nos mistérios da vida. Nunca mais procurei em outro campo solução para o paradoxo da vida.
            Se desejarem escrever um relato destas minhas palavras, escrevam-nos de maneira que sejam compreendidas por qualquer homem. Eu gostaria de comunicar a todos o prazer de sentir a calma que nos envolve quando pesquisamos o caminho já percorrido de nossa existência.
            Nós todos conservamos vagas recordações de outras vidas e freqüentemente sentimos impressões nítidas de haver contemplado cenas e momentos de existências anteriores. Isto, porém, não é essencial. O que é certo é o resultado de nossa experiência, porquanto constitui o ponto de valor real que deve ficar sempre firme conosco.”

                                   ***

            Muito significativas são essas palavras de Henry Ford. O seu humanismo ficou comprovado nas soberbas lições que deu ao mundo industrial norte-americano. Fez que seus operários se tornassem colaboradores diretos de seus grandes empreendimentos, dando-lhes participação mais objetiva nos proventos da colossal empresa. Em virtude dessa alta compreensão, alcançou preços verdadeiramente revolucionários na indústria de automóveis. Os operários ganhavam mais e os carros custavam mais barato, tornando-se acessíveis às classes mais modestas do povo. Foi uma experiência que não poderá ser esquecida. É que Henry Ford não trabalhava com o pensamento apenas voltado para a existência atual. Ele pensava também no futuro, nas responsabilidades que a reencarnação sugere. Estava plantando para o porvir. Algum dia seu nome será objeto de considerações mais vastas e profundas, pelo que ele realizou.

                        ***

            Napoleão Bonaparte, o grande Imperador dos franceses, tinha consciência de haver existido anteriormente. Tanto assim que, em dada ocasião, quando se achava rodeado de seus marechais, exclamou enfaticamente:
            -Eu sou Carlos Magno!          
            Os marechais entreolharam-se, talvez supondo gracejo a expressão do imperador. Este, então, sério e incisivo, perguntou:
            -Sabem vocês quem sou eu?
            O silêncio foi a resposta dos militares, que ignoravam onde queria chegar o célebre guerreiro. Então, dando um tom ainda mais enérgico às suas palavras, Napoleão reafirmou:
            -Eu sou Carlos Magno!
            É bem possível que, na intimidade, os marechais admitissem haver sofrido o imperador um fugaz acesso de loucura, pois não entendiam a razão de sua afirmativa. E isso não é para admirar, porque hoje, quando a Humanidade já passou mais da metade do século XX, ainda há homens que se intitulam cientistas, que sorriem cepticamente e negam, sarcásticos, a realidade do Espiritismo, considerando a reencarnação um  devaneio de loucos... Se isto acontece num século de notáveis conquistas científicas, não é para espantar que sucedesse ao tempo de Napoleão Bonaparte...           
            O estudioso que desejar fazer percuciente estudo biográfico de Carlos Magno e Napoleão Bonaparte, há-de encontrar na vida de ambos muitas afinidades. Há-de surpreender-se, porque essas afinidades poderão conduzi-lo a conclusões muito interessantes acerca da afirmativa de Napoleão a seus marechais;
            -Eu sou Carlos Magno!



2 comentários:

  1. CARLOS MAGNO ERA UM DOS GUIAS ESPIRITUAIS DE NAPOLEÃO BONAPARTE, DAÍ A CONFUSÃO EFETIVADA PELO NOBRE CORSO

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  2. Para que todos nós pudéssemos nos enriquecer com o conhecimento de todos seria muito bom se nossas afirmações viessem suportadas por suas fontes evitando assim a disseminação de informações imprecisas. Longe de mim afirmar que este seja o caso. Trata-se apenas de uma norma de procedimento que acreditamos venha a beneficiar a todos. Paz!

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