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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comungar com Deus


Comungar com Deus
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Outubro 1940
           
            A fidelidade a Deus e a comunhão com o seu amor são virtudes que se completam, mas que se singularizam, no quadro de suas legítimas expressões.
            Job foi fiel a Deus quando afirmou, no torvelinho do sofrimento: “-Ainda que me mate, n’Ele confiarei.”
            Jesus comungou de modo perfeito com o amor divino, quando acentuou: “-Eu e meu Pai somos um.”
            A fidelidade precede a comunhão verdadeira com a fonte de toda a sabedoria e misericórdia.
            As lutas do mundo representam a sagrada oportunidade oferecida ao homem para ser perfeitamente fiel ao Criador.
            Aos que se mostram leias no ‘pouco’ é concedido o ‘muito’ das grandes tarefas. 
            O Pai reparte os talentos preciosos de sua dedicação com todas as criaturas.
            Fidelidade, pois, é compreensão do dever.
            Comunhão com Deus é aquisição de direitos sagrados.
            Não há direitos sem deveres. Não há comunhão sem felicidade.
            Eis a razão pela qual, para que o homem se integre no recebimento da herança divina, não pode dispensar as certidões de trabalho próprio.
            Antes de tudo, é imprescindível que o discípulo saiba organizar os seus esforços, operando no caminho do aperfeiçoamento individual, para a aquisição dos bens terrenos.
            Existiram muitos homens de vida interior iluminada, que podem ter sido mais ou menos direis, porém, só Jesus pode apresentar ao mundo o estado de perfeita comunhão com o Pai que está nos céus.
            O Mestre veio trazer-nos a imensa oportunidade de compreender e edificar. E, se confiarmos em Jesus, é porque, apesar de todas as nossas quedas, nas existências sucessivas, o Cristo espera dos homens e confia em seu porvir.
            Sua exemplificação foi, em todas as circunstâncias, a do Filho de Deus, na posse de todos os direitos divinos. É justo reconhecermos que essa conquista foi a sagrada resultante de sua fidelidade real.
            E o Cristo se nos apresentou no mundo, em toda a resplandecência de sua glória espiritual, para que aprendêssemos com Ele a comungar com o Pai. Sua palavra é a do convite ao banquete de luz eterna e de amor imortal.
Eis porque, em nosso próprio benefício, conviria fôssemos perfeitamente fiéis a Deus, desde hoje.

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