Pesquisar este blog

domingo, 26 de junho de 2011

47 Trabalhos do Grupo Ismael


47


SESSÃO DE 24 DE ABRIL DE 1940

Comunicação final, sonambúlica


Evidenciação das infrações praticadas pelas gerações através dos tempos.– A cegueira do homem e obscuridade do seu roteiro. – Quanto mais ódio, mais sofrimento.  – Nadas que os pequeninos percebem e que os que se jactam de muito saber não vêem. – Falta de assimilação da parábola do homem rico.– Identidade da luta nos dois planos.
– Recíproca repercussão das paixões.– Os mais atingidos pelos golpes da treva. – Porque assim acontece.
– Suposição espantosa dos inimigos do Cristo.– Os que se acoitam nos desvãos do infinito.- Súplica pelos que mais provados são nesta hora.


Médium: J. CELANI



            Meus companheiros, Paz.
            À medida que os acontecimentos se desenvolvem no cenário do vosso mundo, mais nítidas se apresentam, aos olhos dos estudiosos do Evangelho de Jesus Cristo em espírito e verdade, as infrações praticadas pelas gerações através dos tempos.
            E a cegueira é tanta, tão obscuro o roteiro para o homem envolvido na materialidade, que ele não vê  que o crime não pode remover as causas de outros crimes. Não vê que quanto mais o ódio se lhe acumula no íntimo maiores dores o atormentam.
            Parece incrível, é incompreensível que criaturas que se jactam de haver atingido alto grau de evolução cientifica não percebam os pequeninos nadas que estão ao alcance dos pobres de espírito, daqueles que ocupam o seu tempo em interpretar as sutilizas das palavras do Cristo de Deus, as suas exortações às criaturas que o buscavam e àquelas que no transcurso dos tempos haviam de busca-lo, ansiosas de conforto e esperança.
            Parece incrível que essas inteligências não percebam a necessidade de abolir as fronteiras, derribando os marcos separatistas que dividem o universo criado para a humanidade, para os filhos de Deus, a fim de que realizarem seu progresso e a conquista da felicidade.
            Parece incrível que não assimilem a parábola do homem rico e não sintam a necessidade de tomar cada um a sua cruz e procurar seguir o caminho do Cristo, para que possam todos entender a maneira de encontrar a paz, o conforto material e o conforto espiritual.
            Essas mesmas lutas de que tendes noticia e que ai se desenrolam também aqui se travam.  As paixões dos homens repercutem aqui e as dos Espíritos libertos da carne ai repercutem, porque há perfeita comunhão entre os homens e os Espíritos.
            Os que servem à treva empolgam os homens que se comprazem na cegueira e no cultivo das paixões; os que servem ao Cristo procuram os despertos, os que já compreendem a necessidade de renunciar às mazelas do mundo, a fim de conseguirem colaborar verdadeiramente para o progresso da humanidade terrena.
            E essa luta, meus companheiros, não tem tréguas: é de todas as horas, de todos os momentos.
            Aqueles dentre vós que mais se esforcem por viver uma nova vida  são os mais atingidos, os mais duramente atingidos. Eis porque a família espírita é agitada de quando em quando por acontecimentos que vos entristecem. São os açoites dos contrários, que não escolhem armas, nem meios para conseguir seus fins.
            Eles sabem que é certa a derrota, porque contemplam estarrecidos a deserção dos seus companheiros, os esculcas que são mandados para o trabalho de sondagem, poderei mesmo dizer: de colheita de elementos sobre labores das hostes do Cristo, e que não lhes voltam às fileiras. Mau presságio para eles, pois sentem que esses tais encontraram  do lado de cá melhor aconchego para sua almas aflitas e sofredoras. Daí a compreenderem o que virá não é problema difícil  às suas inteligências aquinhoadas com cabedais de saber acumulado em muitos séculos.
            Pressentem, portanto, a derrocada e redobram de energias para ferir em cheio os que eles supõem ser os esteios do Cristo na Terra. Quanta cegueira! Acharem que homens pecadores possam servir de fundamento à edificação do templo da luz e do amor!
            Mas, chegar-lhes-á  também a vez. Preparemos os instrumentos, a fim de que possamos trazer os que se acoitam nos desvãos do Infinito, para não se traírem, manifestando-se ostensivamente entre os homens.
            Para esses, fazem-se mister médiuns preparados, de moral segura e com os cabedais necessários ao desenvolvimento de um trabalho útil e proveitoso a eles e a vós.
            Quando alcançarmos esse ponto, virá o Cristo tira-los do túmulo da cegueira e da miséria a redimi-los para glória do nosso Criador e pai.
            Meus companheiros, cumprimos o nosso dever. Guardemos a nossa esmola de hoje. Elevemos os nossos corações ao sólio sacratíssimo do Divino Mestre, numa prece pela humanidade, pelos que sofrem os horrores da maldade humana.
            Que Ele suavize estas horas reparadoras e se compadeça dessas criaturas que já não têm lágrimas para chorar as suas dores e nem sabem o que seja uma alegria, ou um sorriso, despreocupado. Peçamos pelas criancinhas abandonadas, pelos velhos sem abrigo e sem esperanças, porque no íntimo lhes morreu a crença de sua religiões. Peçamos por todos e pela família espírita, para que se unifique em torno de N. S. Jesus Cristo, pois que grande é a tarefa, vasto o campo, mas poucos  os trabalhadores. Por último, roguemos à Virgem que purifique com a sua caridade a nossa prece a Jesus, a fim de que possa subir até ao trono de sua gloria.
            Paz, meus caros companheiros. Que o amor da Virgem vos acompanhe aos vossos lares e vos abençoe. – Richard.

Nenhum comentário:

Postar um comentário